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Carta para uma neta

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Querida Heloiza! 15 anos!
Parece que foi ontem quando eu estava aí em Cascavel e fui com seus pais para a Maternidade onde você chegou neste nosso mundo muito louco...
Lembro que estava muito frio nesse dia 23 de maio e corri para mais mantinhas e tip-tops mais quentes. Pela minha prática com meus 4 netos anteriores, fui eu que troquei suas primeiras fraldas e dei os primeiros banhos, até sua mamãe ficar segura em pegar uma bonequinha que batia as mãozinhas e pezinhos e chorava. Estando sempre limpinha e alimentada, você nunca deu muito trabalho.
E o tempo foi passando e você crescendo e nos dando muitas alegrias. Passava grandes períodos comigo e o vovô Theo, apaixonado por você. Lembro que, nos seus 3 anos, ao estarmos em Itanhaém voltando da praia e o vovô andando lentamente, você disse: Espera aí! E saiu correndo. Entrou em casa e voltou com a bengala e disse: Vovô... agora pode andar mais depressa.
Eu a levava em passeios diferentes, shoppings que em Cascavel eram muito simples, que você era fascinada com tantas luzes e decorações diferenciadas. O Pai Noel sempre presente nas fotos. E você? Vovó... estamos chegando? Sem paciência para vencer as distâncias. Uma vez me disse nos seus 4 anos: Se tivéssemos vindo de moto já tínhamos chegado. Quando íamos para Itanhaém era a mesma coisa. Já? Longe? Eu então dizia que quando víamos a igreja de Mongaguá que tinha ao redor da torre os anjos com as cornetas, estávamos perto. Era uma concorrência para ver quem via primeiro. Então eu dizia: Os anjos já estão tocando anunciando nossa chegada! ... Isso meu pai já fazia com os filhos e netos quando pequenos.
E seu amor pelos cães pastores alemães que moravam na praia? Como te amavam e como você os amava. Logo que você chegava já sabiam que iam passear.
Entre os desenhos e os bilhetinhos que tenho de você, o mais engraçado é quando você fala dos meus dotes e entre eles colocou: Hilária! Ainda bem que somos meio louquinhas, né? Do contrário a vida não tem muita graça.
E quando você, em todas as férias, desde pequenina chegava sozinha vindo de avião com uma aeromoça? Ao me ver se atirava em meus braços: Minha vovó! Mesmo assim eu tinha que comprovar quem eu era para recebê-la.  
Os tempos passaram e aquela menininha sapeca se transformou numa mulher. Linda, gentil e inteligente.
E hoje, eu por aqui a abraço e envio muiiitttooosss beijos, como aqueles que eu enviava em cartas, passando um forte batom nos lábios e beijando o papel.
O que uma avó pode desejar para um neto ou neta?
Que seus Anjos da Guarda estejam sempre ao seu lado a protegendo, e que sua caminhada seja de luz e muito amor.
Impossibilitada de estar aí com você, mas a estou abraçando, coração com coração....
Vó Dica

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