Atualmente, com nossos cadastros em todos os seguimentos da vida, ficamos muito expostos. Damos nosso endereço, números de documentos e de telefones.
Já tive meu telefone particular direcionado para um presídio. Apesar da minha reclamação na telefônica, eles me pediram 24 horas para resolver o problema, aí mais 24 horas. Então, sem resposta, entrei em contato com uma pessoa minha conhecida do setor que, junto ao supervisor, desbloqueou minha linha, conversando com a pessoa que a tinha desviado, enquanto eu ouvia a conversa. Todos que me telefonavam eram recebidos por esse estranho. Ele usava minha linha para seus contatos.
Diariamente recebemos telefonemas de empresas terceirizadas oferecendo serviços. Principalmente Vivo e Net. Até a voz deles já conheço. Corto logo.  
E quando tentam os golpes falando sobre pessoas da família que foram sequestradas? Já caí nessa, mas felizmente logo percebi. Meu erro foi que quando alguém falou: TIA!, eu respondi com o nome de um sobrinho. Pura burrice! Na conversa percebi e dei corda falando que ele sabia que eu não tinha dinheiro em casa. Chegou a falar: Nem R$ 50,00? Eu respondi: Você sabe que não tenho!
Na verdade, eu quase só uso o cartão. Uma vez fui assaltada e me levaram a bolsa com todos documentos, dinheiro, cartões, chaves da casa e o carro. Fiquei na rua às 21 horas sem lenço e sem documento. Tinha ido numa missa de sétimo dia. Hoje faço a oração pelos falecidos em casa.
Tenho uma conhecida que estava sentada no sofá da sala ao lado do marido. Ligaram e falaram que se ela não seguisse suas ordens, iriam matar seu marido. Ela respondeu: Podem matar! E desligou, ambos caindo na risada.
O que me deu ideia para escrever essa crônica foi que esta semana recebi um telefonema com uma voz de mulher, gentil e melodiosa, citando meu primeiro nome e que eu havia sido sorteada. Falei: Que bom! No que? Respondeu que eu havia preenchido no Golden Shopping, aqui em São Bernardo, um cupom concorrendo a uma promoção. Eu realmente concorri a isso, numa loja de roupas que sou cliente, no Dia da Mulher, em março. E a loja me ligou dizendo o nome de quem havia sido sorteada. Tudo veio à minha mente.
Perguntei então qual meu prêmio. Ela disse que era uma limpeza de pele. Ao perguntar onde? Ela respondeu um nome de uma loja, Mara, que não me recordo ter nesse shopping. Respondi que talvez eu não teria tempo para isso. Ela respondeu que eu podia ficar tranquila que ela viria até a minha casa no horário que eu quisesse, e em 20 minutos a limpeza de pele estaria pronta. Grande limpeza!
Agradeci e disse que não estava precisando. Ela então respondeu: Tudo bem. Boa tarde. Sempre muito educada. Já pensaram o que podia ter acontecido ao eu aceitar?
Nem vou contar aqui os golpes que amigos já sofreram, pois quem liga é especialista em nos envolver.
Por mais que somos alertados, cuidado, principalmente quando dizem que são do tal banco em que temos uma conta. Respondo: Ok! Vou ligar para meu gerente.
Fiquem atentos, pois o mundo está cheio de espertalhões.
Um abraço, Didi