23 Apr 2024

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Nós aqui no ABC ainda podemos abrir uma torneira e o precioso líquido flui para nossas mãos, mas ficamos condoídos ao ver cidades dependendo dos caminhões pipa para terem alguns litros de água em suas casas.
No estado do Rio a falta de água está numa situação calamitosa
Acompanhamos os noticiários em geral, o sofrimento da população sem poder tomar um banho, lavar louças e roupas, etc. Pagam normalmente suas contar de água, mas para beber e fazer a comida tem que comprar água engarrafada. Banho?
Assim vou repetir algumas frases que escrevi no passado.
Vi na TV um rapaz que adaptou um controle ao chuveiro que depois de cinco minutos ligado, desliga a eletricidade começando a esfriar. Um aviso de que é hora de fechar a água. Iniciativa boa e inteligente.
Tive uma amiga que tinha um filho com transtorno compulsivo, que gastava um sabonete em cada banho. Só assim se considerava limpo. Ela então comprava pequenos sabonetes, mas ele ficava no banho em torno de uma hora. Quanto desperdício! (e a pele? Uma secura!)
Em 1990 estive com a amiga Juraci na casa de um casal de amigos, Charys e John, na cidade de Santa Barbara na Califórnia, USA. Na época faltava água nesse local (até hoje falta). Como na casa moravam duas pessoas, eles tinham certo número de litros de água por mês para gastar. Se ultrapassasse, uma multa seria cobrada. O marido trabalhava na NASA e ficava fora da segunda até a sexta-feira. Assim sobrou um pouco de água para nós. O sifão das pias dos banheiros foi retirado e um balde colocado em baixo para reter a água para ser usada nos vasos sanitários. Na hora do banho, na banheira tinha uma bacia em que ficávamos com os pés dentro. Uma caneca servia para nos molharmos e outra para nos enxaguarmos. (Charys e John eram surdos, e não perceberam que tomávamos banho de caneca.) Na cozinha, as duas cubas da pia tinham dentro recipientes plásticos. No primeiro dia ao irmos lavar a louça a Charys nos chamou a atenção quanto ao acumulo do detergente na esponja. Depois de passar um papel toalha nos pratos, ensinou-nos a colocar três gotas do detergente na água, pois ele era biodegradável. Em seguida mergulhávamos a louça passando a esponja nessa cuba em seguida, na outra com água limpa e colocávamos no escorredor. A água mais suja era colocada sobre as plantas do quintal onde a grama estava seca. A outra seria usada na lavagem da próxima louça. Sei lá se eles tomavam banho todos os dias, mas percebi que no fim de semana era dia de estar com a cabeça lavada. O marido chegava e a roupa ia ser lavada. A água da máquina era usada para lavar o carro, a garagem, e escorrendo para o gramado e molhando mais plantas. Como andamos por outras cidades da Califórnia, aproveitamos para bons banhos em outros locais onde não havia a falta do líquido. Eles se preocupavam e muito em economizar a água para continuarem a ter alguma nos dias posteriores.
Vocês imaginam isso no Brasil? Vemos pessoas lavando seus carros, calçadas, ficando com as mangueiras com a água sendo desperdiçada por horas seguidas.
A chuva voltou e veio mais forte que nunca. Meus amigos cariocas estão desanimados com o tipo de água que lhes chega. Falta de saneamento. Sempre digo ao meu neto que mais lava a louça: Pouco detergente! Os rios vão sofrer. E estão sofrendo. Peixes mortos aos milhares, pescadores sem trabalho… muito triste.
A terra é formada por inúmeros minerais, alguns com preços astronômicos. Mas se nos faltar água, nos falta a vida.
Quem se lembra do filme Mad Maxi? Com Mel Gibson e Tina Turner? Será esse o futuro da humanidade?
Um abraço, Didi

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