19 Apr 2024

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Fiquei matutando aqui sobre o que iria escrever essa semana. Tempo me sobra para isso.... Conversando por celular com a família e amigos, e com as paredes e vassouras.
Apesar de ter feito canto aos 16 anos, “uma soprano”, como dizia a professora Bruna Baldacchi, de Santo André, “tem futuro! ”, ao ela receber amigos durante uma aula, gente ligada à música, e me apresentar com orgulho já indo ao piano e me fazer cantar. Eu me perdi na letra da canção. Cheguei em casa e avisei minha mãe: -Não canto mais! Agora, em casa em minha clausura, se toca alguma música que posso acompanhar, abro meus pulmões. É uma forma de eu falar comigo mesma. (Mais tarde, já avó, fiz parte de um coral)
O mundo está sofrendo por uma transformação e nós, brasileiros, alarmados com o que ainda vamos enfrentar. É um momento em que encontramos muitas demonstrações de carinho. Preocupação por parte de amigos e mesmo de desconhecidos. Também de decepção com pessoas que achávamos que tinham mais do que amizade por nós.
Meu cunhado teve que cancelar a viagem de reencontro com a família nos Estados Unidos. Eu nunca pensei, mas está se virando muito bem no ap., com congelados e outros produtos de necessidade como frutas e pães, que um sobrinho leva semanalmente. Conversando diariamente, conta que está mantendo a casa limpa e, muito alegre, disse que encontrou um bilhete sob a porta, de um casal desconhecido do prédio, se oferecendo para ajudá-lo no que for necessário. Isso o fez, como disse, acreditar mais no próximo. O mundo ainda não está perdido. Ele não gostava de assistir filmes. Agora está viciado, me avisando que no canal x está passando o “Dr. Jivago” e comentando sobre os atores do passado.
Nós, pessoas idosas, já vivemos o bastante para não termos medo do dia de amanhã. Aceitamos a passagem normalmente, mas pelos nossos queridos, tentamos passar por esta mais difícil prova na vida. Tentamos preencher as horas ociosas com leituras, filmes, e trabalhos caseiros. Nos preocupamos muito com os que estão sem trabalhar e consequentemente sem receber. O caos ainda não começou. Tudo o que podemos fazer pelo próximo, agora é o momento.
Aqui em meu prédio disponibilizei meus livros para que os vizinhos os peguem no aparador da entrada no meu hall, é um pouco do que posso fazer para lhes dar um pouco de prazer.
Tenho também uma amiga vizinha, da idade de meus filhos, que semanalmente me compra as frutas e outros artigos necessários. Devemos erguer as mãos aos céus por ainda encontrarmos, como disse na crônica passada, esses anjos em nosso caminho.
Bom...essa lenga lenga já ocupou meu espaço. Espero na semana que vem mudar o papo. Já estamos especialistas nesse coronavírus, e precisamos ocupar nossa mente, para que não fiquemos estressados, com pensamentos que nos tragam mais paz...
Se cuidem amigos...
Um abraço, Didi

P.S.- agradeço o Ademir Médici por ter citado minha última crônica em sua coluna. E em tempo... quando citei as epidemias, falhei em não contar a de meningite, em que tivemos um filho contaminado. Durante 10 dias, esteve num isolamento, montado rapidamente no Posto de Saúde Nova Petrópolis, com o apoio total da Prefeitura de SBC.

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