23 Apr 2024

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Nunca nós aqui no Brasil passamos por momentos tão terríveis. Eu, na minha idade, não esperava que pudesse acontecer esse mal que teríamos que enfrentar. Mas a pandemia aí está, e pela nossa família, temos que estar enclausurados. Não os podemos deixar mais preocupados do que já estão.
Me afastei de ver e ouvir as notícias, pois uma vez ao dia já é suficiente. Mas estou a par das pesquisas sobre as vacinas, que além de ainda estarem em estudo, mesmo que descoberto como eliminar o vírus, levaríamos anos ao vê-las a disposição do povo, devido ao alto custo.
Uma enfermeira filha de uma amiga, se restabelecendo em casa, uma na sala e a mãe na cozinha e em seu atelier de costura, sem costuras, quando estava acabando a quarentena, pois sua equipe foi contaminada logo no começo da ainda epidemia, teve uma crise emocional e foi levada para um hospital. O médico então falou que ela não deveria mais assistir a não ser filmes leves e desenhos. Disse que foi uma descarga de adrenalina.
Coisas engraçadas acontecem. Meu cunhado Toninho, em vídeo conversando comigo, disse que o Santo Antonio dele estava surdo, pois ele conversava todo o tempo com ele e nada de resposta. Já eu então lhe contei que todos os dias troco de brincos, pois assim quando me olho no espelho, vejo outra pessoa. Histórias de amigos e amigas que nunca cozinharam e estão no fogão e em contato por vídeo com uma pessoa da família pedindo como fazer...Exemplo: O macarrão...quantos minutos na fervura? Quanto de sal? Um terço do pacote dá? Tudo é aprendizagem...
Dou diariamente 3 voltas ao redor de meu prédio, em horário sem ninguém, e posso acompanhar as flores se abrindo, e cada botão das orquídeas, muitas que amarrei nas árvores, embelezando minha vida.
Como já disse, leio antigas Seleções, que me inspiraram para algumas palavras...”O mundo não é tão insuportável afinal, pois o homem tem a ventura de vê-lo, aspirá-lo, tateá-lo e estar a sós com ele. ”. É bem isso. De repente descobrimos que estamos vivos e conseguimos superar toda essa solidão. Lógico que isso é devido ao contato que temos com o uso de toda tecnologia atual... mas, conseguimos.
Nossa preocupação está com todos os que ainda nos ajudam a sobreviver.  Os que estão trabalhando por nós e para nós. Vejo nas ruas os garis, os lixeiros, os motoboys, enfim, a lista é imensa. Quantos ligados a saúde contaminados. Nos alegramos com cada um que vence e retorna a vida.
Quando tudo passar, abriremos a porta e lá fora teremos um novo mundo a nos esperar. As árvores continuarão verdes, os pássaros a cantar, e a terra, muito menos contaminada, vai nos oferecer um apoio seguro aos nossos pés. Então diremos: Feliz Passeio!
Vamos em frente amigos.
Um abraço, Didi

Folha Do ABC

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