25 Apr 2024

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Meus amigos...em época de pandemia, enclausurada em casa, fui rever alguma crônica que escrevi no passado. Escrevi em janeiro de 2017. Acho que esta vai nos distrair um pouco. Desculpem meu portunhol....
“Quando menina, a segunda de 5 filhos, meu pai dizia que meus olhos eram da “cor do burro quando foge”. Quando alguém me perguntava que cor eram, eu respondia com a frase de meu pai.
Na última intervenção médica que fiz, ao subir de maca no elevador com dois jovens enfermeiros, para quebrar o gelo um deles me perguntou qual era a diferença entre eles. Eu disse não perceber. Um então disse que eram os olhos. Os de um eram claros e do outro, escuros. Brincamos.
Na sala de espera para a cirurgia me vieram imagens do passado sobre meus olhos. Numa viagem ao Amazonas nos anos 80, com duas irmãs, eu estava sozinha na amurada do grande barco e o cinematografista (era o que existia na época) pediu que eu olhasse para a câmera, tendo ao fundo, a margem e mata. Depois de alguns minutos eu perguntei porque isso? Ele disse que queria filmar meus “lindos olhos”. Novidade! (pena que acabei não comprando o vídeo)
Mais tarde num encontro da Sala UOL 9, num almoço de vários amigos de S.P. e outros estados, fiquei em frente a filha, com uns 20 anos, de uma amiga de Bragança Paulista. No dia seguinte ela posta no meu nome que à noite na cama via meus lindos olhos verdes. Quando questionei que não os tinha ela disse que na véspera, eles estavam verdes. Bom...
Uns anos depois, fui com as manas para New York e no penúltimo dia antes de retornamos, lá fomos comprar as máquinas cinematográficas Cannon. Seguimos para um bairro de artigos eletrônicos, e fomos atendidas por um porto riquenho. Ficou ao meu cargo pechinchar, pois já tínhamos informação que era assim a forma de comprar por um preço justo. Eram 3 e queríamos “aquela”. Quase uma manhã na conversa vai e vem, e de repente ele me olha e diz: Vá, Luiza Brunet... Eu caí numa gargalhada e disse no meu portunhol: Usted no coneces Luiza Brunet. No tiengo nadia dela! Ele então disse: Sus ojos...Sus ojos son lindos como os de Luiza!
Eu então disse: Tu quieres é nos vender la máquina!
Conclusão: ele chegou no nosso preço e nós três saímos felizes com as máquinas.
Voltando ao hospital onde começaram essas lembranças. O rapaz de olhos claros me disse que eu tinha lindos olhos. Eu lhe respondi: apesar da icterícia e sem um destaque de maquiagem? Ele disse que assim mesmo dava para perceber.
E foi assim ao esperar para entrar na sala cirúrgica que essas recordações chegaram até mim. Contando para a prima Alba ela me incentivou a voltar ás minhas crônicas. O amigo Valdir, leitor da Folha, que conheço há muitos anos através das mensagens que trocamos foi outro responsável por eu retornar. Afinal são mais de 20 anos que colaboro aqui e passam muitas histórias pela minha cabeça.
Espero por mais um tempo, mesmo que esporadicamente, me comunicar com vocês meus amigos. ”
 Abraço, Didi
(Depois dessa crônica, retornei para a Folha. )

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