19 Apr 2024


Histórias e “Causos” do Alberto, sua família, seus amigos (V)

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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A Paca
Quem contou esta foi o Beltran, o maior fotógrafo da cidade de S. Bernardo.
Nos anos 50 e 60, a cidade escolhida para as caçadas era Cravinhos, no interior de S.Paulo. Na abertura da caça (tinha isso nessa época?) os amigos se dirigiram para a cidade. O Dito Bambach e o Alberto foram ao barbeiro, e só isso já divertia os amigos, pois o cortador de cabelos ficava uma figura muita engraçada, pois, sendo muito alto, e tendo uma cadeira muito baixa, tinha que cortar as madeixas ficando com as pernas abertas. Lá se reuniam todos os matutos da região para falar de seus causos. Berto e Dito começaram a conversar:
- Puxa... este ano quero ver se caço aquela paca que corre mais que um raio. Meu cachorro que acua qualquer animal não consegue acuar a paca.
Alguém perguntou por que.
Bambach continuou:
- É que ela é um fenômeno da natureza. Tem 4 patas no peito e 4 patas nas costas. Assim, quando ela cansa, vira-se do outro lado e foge correndo, deixando o cão exausto.
Ai, Alberto entrou na conversa. Disse:
- Ah! Acho que você não vai mais poder caçar essa paca, porque eu a peguei há dois meses.
- Como? Disse o Bambach... se todos que tentaram pegá-la não conseguiram?
Sabe. Disse o Berto, eu peguei dois cachorros e amarrei um nas costas do outro, quando ela mudava de posição, eles mudavam também. Foi assim que ela foi acuada e eu a cacei.
Bambach disse que foi pena ele não ter pensado nisso antes. Alguns matutos, diante a seriedade do causo, ficaram de boca aberta. Outros, que já conheciam as “figuras”, saíram para rir lá fora.

Aconteceu em Ourinhos
Mais uma narrada pelo amigo Beltran.
Numa das vezes que os amigos estavam em Ourinhos, o Beltran resolveu ir caçar sozinho. Sem saber, entrou em uma fazenda que fazia divisa com a cidade vizinha. Foi pego caçando sem autorização. Disseram-lhe que ia ser levado para a cadeia da cidade. Com muito papo, conseguiu convencer o fazendeiro a solta-lo, pois ignorava que tivesse invadido outras terras.
Ficou muito assustado e voltou para o hotel, contando tudo para os amigos.
No dia seguinte, o Alberto e o Bambach, dirigiram-se para a fazenda vizinha. Passaram o dia todo fora deixando a turma assustada com o que poderia ter-lhes acontecido. Ao cair da tarde, os dois retornaram com caça e uma leitoazinha já morta e limpa. Traziam legumes e 2 grandes abóboras. Como?
Então, os dois contaram. Chegaram à fazenda dizendo que um era fiscal e o outro coronel. O fazendeiro recebeu-os super bem, convidando-os para caçarem em suas terras, almoçarem e ainda lhes deu os legumes e a leitoa.
Quem pode, pode!
 
Essa é de caçador!
Em uma das caçadas dos amigos, eles se afastaram muito do acampamento. O Berto disse que não encontraram caça boa e foram adentrando a floresta. Já estavam todos exaustos, querendo retornar. Mas devido à distância do acampamento, resolveram sentar para descansar. Encontraram um tronco e os seis sentaram-se nele. Estavam tão, mas tão cansados que começaram a adormecer. Quando acordaram, estavam do outro lado da floresta, e, pasmem... estavam sentados sobre uma enorme sucuri.
O Alberto contava para os netos também, sobre um tronco em que se sentaram na beira de um rio, e que de repente, começou a se mexer. Era um enorme jacaré. Os pequenos adoravam, pedindo sempre ao avô para que contasse outra vez, pois ele encenava a correria da fuga.       (Continua)

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