Para mim, o mês mais lindo do ano é dezembro…Assim diz a canção: “Qual é...Qual é...o mês mais lindo...Qual será...Me digam afinal...” e assim segue. Junho também é muito especial com as comemorações dos principais santos. Mas porque setembro eu amo tanto? Para mim tem história. É o mês em que eu e Theo nos unimos. Exatamente num dia 28. E vivemos juntos por 48 anos até sua caminhada aqui na terra acabar. É um mês cheio de recordações de momentos felizes, sempre com as flores e o cartão: “Para minha eterna namorada, Theo”e nos dias de hoje, por também a nora querida, posso dizer a nossa filha Sandra, aniversariar.
É difícil hoje um casamento durar para sempre. Ainda mais com esse isolamento. Vemos muitos relacionamentos em que cada um segue outro caminho. Nada é perfeito, então que procurem sua felicidade novamente.
Há muitos anos li o livro “SETEMBRO”, de Rosamunde Pilcher (pág. 450) e guardei uma mensagem dele que gosto muito. Assim, vou repassar para vocês, meus leitores:
“A morte não é tudo. Não é o final. Eu somente passei para a sala seguinte. Nada aconteceu. Tudo permanece exatamente como sempre foi.Eu sou eu, você é você e a antiga vida que vivemos tão maravilhosamente juntos, permanece imutável, intocada. O que quer que tenhamos sido um para o outro, ainda somos. Chame-me pelo antigo apelido familiar. Fale de mim da maneira como sempre fez. Não mude o tom.Não use nenhum ar solene nem de dor. Ria sempre das piadas que desfrutámos juntos. Brinque, sorria, pense em mim, reze por mim. Deixe que meu nome seja uma palavra comum em casa, como sempre foi. Faça com que seja pronunciado sem esforço, sem fantasma ou sombra. A vida continua a ter o significado que sempre teve. Existe uma continuidade absoluta e inquebrantável. O que é a morte senão um acidente indespresível? Por que ficarei esquecida se estiver fora do alcance de visão? Estou simplesmente a sua espera, como num intervalo bem próximo, na outra esquina. Está tudo bem. ”
Eu também penso assim. Tenho espalhados em minha casa, muitos quadros com retratos dos que já partiram e dos de que aqui estão. Até amontoei alguns porta-retratos para facilitar a limpeza neste momento. Todos continuam presentes em minha memória. Enquanto eu viver, eles vivem comigo.
Assim meus amigos... vamos nos cuidar neste momento que estamos passando, é difícil, mas sem tanto temor, pois o estresse do medo pode nos encurtar a caminhada aqui na terra.
Quem me conhece sabe que venci grandes obstáculos e não tenho medo da partida.
Assim, procurem cantar, dançar, sorrir com as piadas ou ao observar nossas crianças. Os dias se tornarão mais leves.
Vamos em frente!
Com o carinho e o abraço da Didi