24 Apr 2024


Vamos para a cozinha? (Anchovas recheadas do Alberto)

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Primeiro a história para eu explicar como se prepara o prato.
Um ano nas férias da praia de Itanhaém, os amigos Horacinho e o italiano Alberto, disseram que no dia seguinte iriam pescar em alto mar. Faziam isso seguidamente. Eu então brinquei: - Se vocês trouxerem anchovas, amanhã preparo o jantar. Quando voltamos da praia, lá em casa estavam eles com 3 anchovas enormes. Bom, o segredo era que quem preparava os peixes em casa era meu pai Alberto, nós outros o comíamos. Mas eu não podia dar chabu. Liguei para as amigas Maria Tereza, Stella, Marisa, Zélia, que já sabiam do que eu dissera, e falei do que precisávamos, Cada uma se propôs a trazer algo e vir ajudar a preparar. Fui pensando...
Bom, os homens deixaram os peixes limpos para nós. Fizemos um refogado com bastante cebolas e alhos picados, no azeite. Camarões picados e salgados foram acrescentamos e desligámos o fogo. Camarão cozido demais fica borrachento. Já tínhamos colocado os pães amanhecidos no leite. Com as mãos, os desmanchamos e juntámos aos camarões. Aí, as azeitonas verdes sem caroço, bastante cheiro verde picado, experimentado o ponto de sal juntando gotas de pimenta vermelha. Finalmente os ovos cozidos picados, com cuidado para as gemas não se desmancharem. Recheamos as anchovas e costurámos com agulha e linha branca. Pegámos uma grande assadeira. Azeite no fundo. Batatas já cozidas e salgadas forrando, cebolas em fatias grossas, tomates partidos em quatro, alcaparras, uma pequena chuva de orégano. Dispusemos os peixes em cima e regámos com suco de limão e farto azeite. Foi para o forno. Enquanto isso fizemos um arroz branco e salada de folhas e tomates. Alguém levou garrafas de vinho branco e enquanto os peixes assavam já estávamos bebericando. Como sobrou farofa, fazíamos umas bolinhas com as mãos e assim o aperitivo estava pronto. Ficou uma delícia e fui muito cumprimentada pela façanha. Só quando escrevi meu livro “Cozinhando Entre Amigos, receitas, histórias, pensamentos” é que confessei que não sabia como fazer.
Aqui não dei a quantidade dos ingredientes. Tudo depende do tamanho dos peixes. A partir daí eu fazia em casa, pois meus homens adoravam, e sempre sobrando farofa, pois até tinha que esconder para que chegasse a mesa. Por várias vezes fiz com atum em lata. Eles diziam que ficava melhor do que com camarão.
Até hoje fico na dúvida se eles pegaram mesmo esses peixes, ou outros, e devido minha brincadeira os compraram numa peixaria, trazendo-os inteiros, limpando-os na nossa frente para comprovaram que os pescaram. Bom, era tempo da pesca da anchova. O que importa é que a noitada foi um prazer....
Divirta-se....Vá para a cozinha.... Em tempo de pandemia, novas receitas e histórias virão.
Abraço, Didi

PS - Estava conversando com um jovem, para minha idade ele é jovem, sobre a pandemia. Sempre achei que ele não era muito religioso. Falámos que sabemos tudo sobre o assunto e não sabemos nada. Vacinas que agora estão sendo questionadas sobre sua eficácia. Mas é o que temos e nossa única arma, pequena ou não. E ele me respondeu: Só orando. Outro que eu também achava que era ateu, em determinado momento fez o sinal da cruz, bem rápido. Percebi que no íntimo, só a oração para nos dar um balsamo...

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