19 Apr 2024

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Há um ano e meio meu neto que viveu comigo, aos 21 anos, me perguntou se eu já havia passado por algo assim parecido. Parecido como? “Esta peste do Covid 19. Esta pandemia, este confinamento. ”
Não, meu querido. Nunca, mas meus avós contaram da Gripe Espanhola, minha mãe tinha três anos de idade. Minha avó contou que, portugueses que eram, com um casal de caseiros que cuidavam da horta e criação, no Bairro de Moema, todos os dias faziam limão, mel e cachaça e todos tomavam. Mesmo para a pequenina, eram dados uns goles. E como meu avô era importador, distribuía charutos cubanos, e todos também tinham que dar uma tragada. Os mortos eram colocados nas calçadas e as carroças os recolhiam. Meus avós faziam grandes panelões de canja, com as galinhas que criavam, e que era distribuída aos vizinhos que não podiam se cuidar. Nenhum deles se contaminou. Para nós, histórias de filmes.
Hoje estamos um pouco assim. Muitos dependendo de vizinhos para poderem se alimentar. Benditos esses que se oferecem. Devido à idade ou uma doença, ficamos confinados e sobrevivemos devido ao amor que nos dedicam. E temos muito mais sorte do que os antigos. Estamos rodeados de tecnologia. WhatsApp e Facebook, jogos e notícias, tudo presente em nossa vida. Eu acompanho uma notícia aqui, ali, e já é suficiente. Prefiro cuidar de minhas flores que sempre retornam para me alegrar. E sim... converso com elas...Filmes na Netflix e Prime…e sabem mais o que? Apesar de ser escritora de livros de culinária, sempre descubro novas alquimias feitas pelos cozinheiros da TV. Meus preferidos são o Rodrigo Hilbert e a Rita Lobo. Grandes chefes, mas já questionei algumas de suas receitas. Mãe de três filhos homens, e avó de três homens e duas mocinhas, o avental sempre esteve presente. Agora mais vejo programas do que cozinho...me aposentei...rsrs.
Há dois anos os amigos da San Bartolomeo, grupo que reunia os italianos da cidade e atualmente os batateiros, oriundos de todas as nacionalidades, pois a festa que nos reúne está aberta para quem queira participar, lógico seguindo as normas, eles fizeram um livro com as receitas das nonas. ” La Ricetta della Nonna e della Mamma”. Agora sem podermos nos reunir no congraçamento da data, as amigas Margareth Guazzelli Marotti e Denise Tolotti, resolveram ativar novamente o grupo fazendo a segunda edição do livro. Elas me convidaram para fazer parte da comissão, o que me deu um grande prazer.
Assim, logo mais passarei para os amigos as normas de como escrever a receita, homens e mulheres....e muitos jovens que nesse momento se tornaram super chefs do fogão, pois cozinhar é uma forma agradável de ocupar o tempo, sendo que para vivermos, temos que nos alimentar. O que arrecadarmos com a venda dos livros será para manter a Capelinha de San Bartolomeo sempre bem cuidada e fazer um fundo para que quando a festa voltar a ser comemorada, tenhamos uma verba para a decoração.
Mudando de assunto.... Não esqueçam que domingo, dia 6, a partir das 11 horas, no salão atrás da Igreja Matriz, será o Dia da Polenta na Betoneira. Com Adalberto Guazzelli à frente dos amigos, vocês podem trocar um quilo, ou mais, de alimentos não perecíveis, agasalhos e artigos de higiene pessoal por uma porção de polenta com um delicioso molho feito pelas mammas. Essa arrecadação dará alimento para as 200 famílias cadastradas nas obras sociais da Matriz. Será sistema Drive-Thru.
Agradecemos desde já a colaboração.
Um abraço saudoso, Didi

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