25 Apr 2024

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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DIVANIR BELLINGHAUSEN


Como em todos os anos, pedi para minha auxiliar, a Sonia que armasse minha árvore de Natal. No dia seguinte, já com todos os enfeites na mão, olhei para ela e vi que, depois de 14 anos sendo montada e desmontada, seus galhos já estavam desgastados. Liguei para uma das minhas irmãs e fomos para S. Paulo em busca de uma nova, linda, grande, com seus ramos bem fechados. Na volta, tive que pedir ajuda, para dois vizinhos, para tirar do carro e depois para armar. Comecei então a decoração dela e em todo o momento relembrando os Natais passados.
Uma amiga me disse que eu, morando sozinha, deveria acabar com esse trabalho. Eu lhe respondi que não era trabalho, era prazer. Que eu já via os olhos da netinha Heloiza chegando com as exclamações de quanto a árvore estava linda (a única que ainda espera ansiosa a chegada do Papai Noel). Logo minha vizinha Cacá, amiguinha de minha neta já veio admirar, pois ela já tinha montado a sua. Em nosso hall, as guirlandas, os enfeites e as botinhas com os nomes da Cacá e da Helô, já estão penduradas na porta. A varanda já está com uma cortina de luzes! Alguns hematomas nas pernas foram o resultado do sobe e desce da escada.

Nas festas com os filhos e netos, irmãs, cunhados e sobrinhos reunidos, com certeza o trabalho será muito bem recompensado.

Antigamente, nossas árvores eram sempre naturais. Hoje, optamos pelas artificiais, pensando em quantas são cortadas e destruídas em nossas matas.

Já estava escrevendo essa crônica e o telefone tocou. Era a amiga Rita Zincaglia recordando um fato acontecido no passado. Quando ela morava na rua Dr. Flaquer, na esquina com a Clara Bassani, aí pelos anos 50, seu pai plantou em frente à casa um pinheiro. Anos depois ao montar sua árvore de Natal, resolveu colocar alguns enfeites na do jardim. Seu quarto ficava na parte da frente da casa. Ela acordou com forte barulho acendendo então a luz e fazendo algum barulho. Quando pela manhã, seu pai Sr. Vicente, a mãe, Sra. Lucia e ela foram ao jardim, perceberam pelas marcas no tronco do pinheiro que alguém tentara roubá-lo dando uma machadada. Chamou então meu pai Alberto que morava quase em frente a eles, pedindo orientação sobre o que fazer. Ele então perguntou se tinham em casa penicilina, um recém descoberto antibiótico. Ao responderem que sim, pediu a droga, uma banana, e um pedaço de pão. Misturou tudo, colocou sobre o machucado da árvore, enfaixou e, quem passar hoje nessa rua encontrará o maior pinheiro da cidade. Não sei quem deu essa idéia ao meu pai... rsrsss

Já se cogitou pelos comerciantes da região em fazerem nele uma decoração de Natal. Precisariam de um carro especial, dos bombeiros para chegar até o cimo dele, pois não se tem como atingir o topo. Ele seria visto por toda nossa cidade, pois está localizado na parte mais alta de uma de nossas colinas. Quem sabe no ano que vem?

Um dos costumes de meus pais era decorar a escada que subia para a torre, com galhos de cipreste, colocar maçãs e nozes (colocávamos um araminho para pendurar) o que dava um perfume em toda a sala. Isso vinha das tradições alemãs de meu pai. Hoje, podemos aromar a sala colocando cravos enfiados em uma maçã (que deve ser trocada a cada semana) e pedaços de canela distribuída pelos cantos da sala.

Os anos passam mais esse Espírito de Natal, que nos foi incutido desde a tenra idade, se encontra enraizado dentro de nosso ser e não temos como apagá-lo.

Penso que isso é bom, pois estamos sempre renascendo.

Na semana que vem continuarei a falar sobre esse assunto tão delicioso: NATAL!

Um abraço, Didi

Divanir Bellinghausen Coppini (Didi) é escritora e voluntária em São Bernardo - e-mail:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

Última modificação em Sexta, 21 Janeiro 2011 18:56
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