20 Apr 2024

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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As histórias vão me chegando a respeito da Árvore de Natal.

Tem aquela que a família fazia estrelinhas com o alumínio que encobria a lata de Nescau... Ou era Toddy?

Tem aquela que, devido as poucas bolas vermelhas, aquelas que com um aperto mais forte se quebravam, cobria a árvore com flocos de algodão, como se estivesse coberta de neve (costume dos descendentes de europeus), o que meus pais também faziam.

E sobre os presépios? O de minha infância era sob a lareira, pois por aqui o Natal sendo no verão, ela era um ornamento na sala. Junto aos pais, os cinco filhos colocavam mãos na obra. Íamos pela mata pegar “barba de bode” e musgos. Uma lata de goiabada vazia era o lago. Os Reis Magos ficavam distante do Menino Jesus, e todos os dias os aproximávamos até chegar o dia 6 de dezembro quando eles ofereciam seus presentes ao pequenino.

Um dos presépios mais bonitos era o dos Tondi, que nessa época moravam onde hoje é o Edifício Guazelli. Os vizinhos se revezavam nas visitas na casa da família. Uma casa muito alegre, onde a Sra. Emilia e o Sr. Constantino com seus sete filhos, nos recebiam sempre com carinho e um delicioso bolo.

Eu já montei meu presépio. Hoje, mais simples, com as figuras artesanais.

No hall de entrada do apartamento fica a Sagrada Família, acompanhada por um castiçal de ferro com três anjos e três velas, que quando acesas por meus netos são oferecidas às famílias dos três filhos. E como minha netinha fala... E para o mundo!

Nossa amiga Hilda Breda, que já teve expostos seus presépios na Casa da Câmara Antonino Assunção (nome de seu falecido marido), atualmente expõe seus 524 presépios em seu apartamento. Os amigos são sempre bem vindos para compartilhar com ela essa maravilha.Realmente, a exposição nos leva a emoção, tão lindos e diferentes que são.

E o Papai Noel? Uma amiga disse que pela primeira vez não terão essa figura, uma vez que os netos menores, neste ano descobriram que o Bom Velhinho é somente uma lenda.

Eu lhe respondi que acho que ele vai fazer falta, pois na primeira vez que meus filhos e sobrinhos descobriram que era só um sonho, no momento da entrega dos presentes, improvisamos um Papai Noel, vestindo uma irmã com peças vermelhas de minha mãe, colocando uma armação vermelha na cabeça e uma esponja de pó sobre o queixo. Esse foi nosso Noel nesse ano. A partir daí, com crianças presentes ou não, algum homem da família se veste com a roupa vermelha, botas, gorro e longas barbas.

Sempre levam uns beliscões no traseiro e aproveitam a visita para se refrescarem com uma cerveja gelada.

Hoje só a netinha Helô curte a fantasia. A cartinha para o Pai Noel já foi colocada na bota na porta, e no dia seguinte “ele” já havia recolhido. Agora ela e a vizinha Cacá, devem receber a resposta. Não é deliciosa essa espera?

Engraçado que nenhuma criança se decepciona ao descobrir a farsa. Pelo contrário, elas sentem o maior prazer em enganar os menores. São elas que ajudam a vestir o Noel e a preparar sua entrada na casa.

É isso aí, meus amigos. Sei que muitos que, ao lerem o que escrevi, relembrarão felizes momentos passados em suas vidas.

Não deixem nunca morrer a criança que vive dentro de vocês, independente da idade.

UM FELIZ NATAL PARA TODOS!

Um abraço, Didi

Divanir Bellinghausen Coppini (Didi) é escritora e voluntária em São Bernardo - e-mail:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

Última modificação em Sábado, 22 Janeiro 2011 12:16
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