25 Apr 2024


Revitalização da rua Marechal Deodoro e da Praça da Matriz de São Bernardo

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Fui convidada para uma reunião na Prefeitura de São Bernardo por uma amiga. Como ela me disse, estariam lá representantes da igreja e do comércio, assim como o Prefeito da cidade e o Secretário de Obras, para discutirem as reformas da Rua Marechal Deodoro e da Praça da Matriz.
Os horários foram sendo mudados. O atraso na reunião idem. Conclusão: éramos duas mulheres e uns dez homens. Apesar de eu ter transmitido o convite para várias pessoas da cidade, não tive o prazer de vê-los lá.
Depois da apresentação do arquiteto (o prefeito e o secretário tiveram outros compromissos) que fez o projeto, foi feita uma explanação do que será feito na Marechal. A reforma visa o trecho da Praça Lauro Gomes até a Praça da Matriz.
Já vieram os protestos. Antes de tirarem o estacionamento na Rua Marechal, são necessários estacionamentos próximos a esses locais, pois “quem conhece” a cidade sabe que o trânsito é intenso, e os já existentes vivem lotados. Estacionamentos subterrâneos?... Caríssimos!... Mas isso hoje não se faz mais!... Fazem-se estacionamentos verticais!
E por aí vai à discussão. Eu, apoiada por algumas pessoas falei que o ideal para minimizar o trânsito da cidade será proibir carros que estacionam na pequena Rua São Bernardo e lá fazer duas mãos de direção, que isso vai facilitar muito aos pais que pegam seus filhos no Colégio São José ou que tenham que fazer um retorno.
Vamos à Praça da Matriz. No meu pensar, ela não é uma praça bonita. Aquele piso de caquinhos é terrível. Além deles se soltarem, a terra se acumula nas junções facilitando que o mato cresça. Difícil tanto sua conservação quanto a sua limpeza.  A escada que dá acesso à igreja até a mesma, parece que não será mexida. Isso para mim não ficou muito bem esclarecido. O visual apresentado para a praça ficou moderno e bonito A discussão maior então veio a respeito de colocarem lá um café com mesinhas e banheiros. Foi questionado então que os banheiros da Praça Lauro Gomes foram fechados por terem se transformado em ponto de marginais. Disseram então que a pessoa que vai explorar o café será o responsável pelo banheiro. Um amigo disse então: Será que o café pagará um empregado, c o m todos os encargos sociais para a limpeza desses banheiros? A resposta foi que o dono do café se encarregará da limpeza. Não vou falar aqui o que pensei... Mas fazer o café e limpar as latrinas? Poupem-me!
A revistaria ficará em baixo de uma marquise e em cima um espaço para apresentação de bandas ou shows. Beleza!
Aí reparei na BOMBA!
A Praça será aumentada, transformando-se num grande espaço livre, fechando-se as ruas Padre Lustosa e Rio Branco, que terão novas árvores e pequeno estacionamento. Falei então: E como acessaremos a Rua João Pessoa? Tendo que chegar pela Marechal até a Prestes Maia? Não façam isso, pois iremos lá queimar pneus e fazer barricadas! Vocês esquecem que temos na região a escola São José com cerca de 3.000 alunos? Na Rua João Pessoa mais uma Faculdade Federal? Mais escolas? Mais oito escolas de inglês?
Fiquei possessa! Falei então que eles conheçam nossa cidade percorrendo principalmente essas ruas nos horários de entrada e saída das escolas para sentirem nosso drama de ficarmos presos no trânsito. Certo dia fiquei entre as ruas Dr. Flaquer e Padre Lustosa vendo o semáforo mudar oito vezes. Isso é atraso de vida.
Após meu desabafo foi-me dito que essas reuniões são feitas para que eles sintam a reação dos são bernardenses. Após isso, porém, eu fiquei sabendo que essa já foi a quarta reunião, e que eles continuam sempre tentando impor as mesmas idéias.
Compararam a reforma de nossa rua com a da Oscar Freire em São Paulo. Pode? Acontece que lá foi feito um combinado entre a prefeitura e os riquíssimos comerciantes e temos um público passante de alto poder aquisitivo. E aqui?
Acho que temos que limpar nossa rua de tanta fiação, de tantos cartazes comerciais, modernizar nossa praça desalojando moradores de rua que fazem dela seus dormitórios, mas tudo tem que ser muito bem pensado, por pessoas que amam e vivem na cidade e que sentem os problemas dessa nossa grande metrópole.
Desculpem meu desabafo, mas espero que possamos nos unir nessa nova empreitada da cidade.
Um abraço, Didi

Divanir Bellinghausen Coppini (Didi) é escritora e voluntária em São Bernardo - e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

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