24 Apr 2024

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Recebi um e-mail com esse título.
Comecei a pensar em momentos da vida em que isso acontece. Lembrei-me então de algumas passagens em que essa frase se concretizou.
Há uns 25 anos, uma jovem minha vizinha desde criança, foi operada de um aneurisma cerebral. Passados uns 15 dias fui visitá-la e fiquei impressionada com a sua palidez e magreza. Ela estava totalmente sem estímulo para viver. Perguntei à sua mãe se poderia levá-la até minha casa e colocá-la em minha pirâmide. Atravessamos a rua, ela vestida com seu pijama e apoiada em meus braços. Em casa ela ficou deitada sob a pirâmide enquanto conversávamos. Após uma hora, chegaram uns seus amigos que foram visitá-la. Eu os coloquei em cadeiras sobre a grama de meu jardim interno, servindo-lhes sucos e biscoitos.
Para mim, isso não significou nada mais do que um carinho para com ela. Nestes anos todos, porém, ela disse de como eu consegui dar um novo rumo ao seu restabelecimento.
Formou-se enfermeira e casou-se com um médico ortopedista que ficou sendo nosso doutor.
Nas duas crises de meu marido Theo, na isquemia cerebral e no enfarte em Itanhaém, quem nos socorreu? Nosso amigo doutor junto com sua esposa e seus pais.
Nesses momentos eles lembraram o apoio que eu dei à menina. Eu nunca mais havia lembrado isso.
Infelizmente esse nosso amigo, um homem forte, muito bonito, sofreu um derrame ficando confinado em uma cadeira de rodas, praticamente com poucos movimentos em seu lado direito.
Com dois filhos já na faculdade ele se viu apoiado nos filhos, na esposa, na sogra e em amigos mais chegados.
Estive com ele em Itanhaém nesse início do ano.
A princípio não recebi muito retorno em nossa conversa. Aos poucos ele se soltou, e aí sim pude perceber que sua força interior está mais forte do que nunca.
Relembrou esses nossos contatos passados e falou-me do tratamento que recebe na AACD. Da maravilha que é essa associação. De como lá ele está se “refazendo”.
Falou-me da força que ele encontra ao ver pessoas em condições piores do que a dele lutando para sobreviver. Que é na piscina que ele consegue andar, se movimentar.
Do jovem que sem braços e sem pernas, que, com o esforço de seu peito atravessa a piscina nadando. Que isso é um grande estímulo para ele continuar.
Nesta semana conversando com uma amiga “alto astral” de São Paulo, que está com um câncer de pulmão, muito animada com os novos tratamentos que dispomos agora, ela contou-me que fez sua quimioterapia próximo ao Natal. Que totalmente prostrada nem pensou em fazer nada para a data festiva. Duas amigas, porém, chegaram com alguns pratos já prontos para que a família pudesse degustar algo diferente. De como ela se sentiu agradecida por isso. Lembrei-me então de quando também eu estava passando por isso, e num meu aniversário as amigas combinaram o que fazer, e dias antes pediram que eu deixasse uma mesa pronta que elas iriam trazer o jantar. Foi um aniversário inesquecível.
Assim, quando um amigo passa por algum problema em sua vida, com certeza ele terá de minha parte um retorno de amizade, por que:
Gentileza gera Gentileza.
Amizade verdadeira gera Amor!
Um abraço, Didi

Divanir Bellinghausen Coppini (Didi) é escritora e voluntária em São Bernardo - e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

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