20 Apr 2024

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Na esquina da Rua João Pessoa com a Rua Dr. Flaquer, em São Bernardo, há alguns meses, no espaço que seria de uma árvore, nasceu um tímido pé de tomate.
Passando diariamente por lá, pensei... Coitadinho... não vai vingar.
Nessa esquina fica o carro do Valter que serve o mais gostoso cachorro quente e sanduíche de lingüiça calabresa com rodelas de cebolas, feitos na chapa.
Há duas semanas eu respondi uma pesquisa da revista Veja sobre restaurantes. No quesito Cachorro Quente, como poderia citar outros lugares que não os já descritos, coloquei o do Valter.
Pois esse rapaz, diariamente ao lado do pé de tomate, foi regando, amarrando seus ramos delicadamente, em hastes que ali colocou e esse tomateiro foi crescendo.
Passo quase todos os dias por ali. Aos poucos as flores foram desabrochando, e eu pensando... Será que isso vai vingar?
Os pequenos frutos foram crescendo e as pessoas parando para observar
Nessa esquina que junta às duas ruas, é um local de intenso movimento de carros, principalmente por ter nessa região muitas escolas.
O grande número de automóveis que por ali circulam, torna nosso ambiente muito poluído. Vemos isso em nossas casas quando ao passarmos um pano sobre os móveis, eles ficarem extremamente encardidos.
Pois o tomateiro foi em frente.
As mães mostravam aos seus filhos dizendo: Filho... Isto é um pé de tomates. As crianças admiradas por nunca terem visto assim, in loco, passavam as mãos nos frutos.
O Valter então me contou que uma criança perguntou se era um pé de chuchu...
Para nossa surpresa, os frutos não foram arrancados e continuaram crescendo. Aos poucos, pessoas pediram ao rapaz se poderiam tirar algum tomate. Ele sabia que não iriam sobreviver muito por ali, assim os foi distribuindo.
Se você passar hoje por lá, ainda verá o pé de tomates, com mais ou menos um metro e meio de altura, já bem debilitado, mas ainda com algumas pencas de frutos penduradas.
Isso nos faz lembrar que existem muitas de nossas praças bastante abandonadas, dando aqui o exemplo da praça ao lado do Paço Municipal, que leva o nome de meu pai, Alberto Eduardo Belling-hausen, que nem identificação tem, pois vândalos levaram a placa de bronze e nunca mais foi reposta, que está cheia de mato e sem atrativo algum. Penso que seria interessante, ter algumas árvores frutíferas que além de embelezá-la atrairia muitos pássaros, eu aqui pensando que meu pai iria gostar disso, ele que tanto amava a natureza.
Tenho passado em redor aos tapumes da Praça da Matriz. Parece que a reforma está um pouco lenta. Sei que os festeiros das festas juninas que em maio e junho fazem aí sua quermesse estão preocupados se ela estará pronta para as festividades.
Não sei... Parece-me que vai ser um espaço com pouco verde. Estou certa ou errada?
Só quando estará aberta ao público saberemos. Pela cor do piso, com certeza a limpeza dela terá que ser feita seguidamente, do contrário...
Já que foi toda modificada, já pensaram se num gramado verde fossem plantadas árvores frutíferas? Um sonho... Somente um sonho...
Ainda dá tempo para vocês darem uma olhadinha no tomateiro, e quem sabe comer um delicioso sanduíche do Valter.
Um abraço, Didi

Divanir Bellinghausen Coppini (Didi) é escritora e voluntária em São Bernardo
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Última modificação em Sexta, 04 Maio 2012 09:17
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