24 Apr 2024

Publicado em Editorial
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O Dia Internacional da Mulher será celebrado, neste domingo (8) de março. A data comemorativa simboliza a luta histórica das mulheres para terem suas condições equiparadas às dos homens. A data ainda virou alvo do comércio que incrementa as vendas com sugestões alusivas ao tema.
Em 20 de fevereiro de 1909, em Nova York (EUA), o Partido Socialista da América organizou o ‘Dia da Mulher’, uma jornada de manifestação pela igualdade de direitos civis e em favor do voto feminino. Já em 1910, em Copenhague (Dinamarca), durante as Conferências de Mulheres da Internacional Socialista, foi sugerido, que o Dia da Mulher passasse a ser celebrado todos os anos. Em 8 de março de 1917, na Rússia, organizou-se uma grande passeata de mulheres, em protesto contra a carestia, o desemprego e a deterioração geral das condições de vida no País. Nos anos seguintes, o Dia da Mulher passou a ser comemorado naquela mesma data, pelo movimento socialista, na Rússia e em países do bloco soviético. Em 1975, o dia 8 de março foi oficializado, pela Organização das Nações Unidas (ONU), como Dia Internacional da Mulher.
Atualmente, a data é comemorada em mais de 100 países, como um dia de protesto por direitos e simboliza a luta das mulheres não apenas contra a desigualdade salarial, mas também contra o machismo e a violência.
É inegável que houve avanços nas últimas décadas, mas alguns desafios ainda estão presentes. Quando o assunto é a presença das mulheres no mercado de trabalho, discriminação ainda existe e a igualdade salarial também não faz parte da realidade da maioria. Em 2018, o rendimento médio das mulheres com emprego foi 20,5% menor do que o dos homens. Isso sem comparar os cargos ocupados por ambos, segundo dados do IBGE. Mesmo já sendo maioria em algumas profissões, os homens ainda dominam os postos mais altos. Ainda de acordo com o IBGE, apenas 41,8% dos cargos gerenciais são ocupados por mulheres.
Elas enfrentam um grande problema que dificulta a ascensão nas empresas, o assédio no trabalho. Em todo o mundo, 52% das mulheres economicamente ativas já sofreram assédio sexual, segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho). No Brasil, segundo uma pesquisa de 2017 do Datafolha, 42% das brasileiras afirmaram já terem sofrido assédio.
Além disso, embora as mulheres atuem no mercado de trabalho, isso não as isentou do trabalho doméstico. Afinal, geralmente são elas as responsáveis por limpar a casa, lavar as roupas, cuidar dos filhos, etc. Pesquisa do IBGE revelou que as mulheres gastam o dobro de tempo dos homens em atividades domésticas. Enquanto eles gastam em média 10,9 horas por semana, as mulheres gastam 21,3 horas.
Como se isso tudo não bastasse, muitas mulheres ainda são vítimas da violência doméstica, e do feminicídio. O Brasil registra 1 caso de agressão a mulher a cada 4 minutos, segundo o Ministério da Saúde. Em 2018, foram registrados mais de 145 mil casos de violência física, sexual, psicológica e de outros tipos. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, entre 2016 e 2018 foram mais de 3,2 mil mortes no país. Além disso, estimativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) indica que, no mesmo período, mais de 3 mil casos de feminicídio não foram notificados.
Portanto, apesar de inúmeros avanços, e conquistas obtidas pelas mulheres é inegável que ainda falta, e muito, para atingir a tão sonhada equiparação aos direitos dos homens.

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