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Publicado em Editorial
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Nunca foi tão aguardado o final de um ano, quanto o de 2020. Assolado pela pandemia do novo coronavírus, milhares de pessoas viram suas rotinas mudarem abruptamente, com o uso de máscaras cobrindo os sorrisos, com o distanciamento social, separando famílias, amigos e relacionamentos afetivos, e tornando muitos outros fanáticos com a assepsia e higienização de tudo e qualquer coisa que entrasse nos lares; planos de carreira, viagens, casamento serem adiados e sonhos serem interrompidos. Foi o ano que não só o brasileiro, mas milhões de pessoas pelo mundo, incorporaram de vez, ao seu vocabulário e às suas vidas palavras como pandemia, Covid-19, lockdown, home office, entre outras.
Quem recebeu as primeiras informações sobre o novo coronavírus, ainda no final de 2019, não poderia imaginar que três meses depois o número de infectados no mundo chegaria a mais de 190 mil pessoas, em todos os continentes, com exceção da Antártida. Se em janeiro, muitos ainda não entendiam bem o que acontecia em Wuhan, na China, local onde foi registrado o primeiro caso do novo coronavírus no mundo; em fevereiro, outros, se questionavam se o vírus chegaria mesmo ao Brasil e se não seria apenas uma gripe mais forte. Em março, milhares de brasileiros foram surpreendidos com o fechamento de shoppings, escolas, academias, lojas e de tudo que não fosse serviço essencial.
Foram meses de isolamento e distanciamento social. Todos foram obrigados a se reinventarem, seja para trabalhar, estudar, praticar atividade física, se relacionar com namorados, familiares ou simplesmente sair de casa. Paciência, muita paciência e a frase mais dita do ano: “Vai passar”.
Em meio ao caos, o brasileiro ainda ficou no meio de uma verdadeira guerra de polarização política, na qual, enquanto o presidente da República, desafiava a Covid-19, proferindo aforismos como: “não precisa entrar em pânico”, “está superdimensionado, o poder destruidor desse vírus", “é só uma gripezinha”, “e daí? Vamos todos morrer um dia”, entre outros; o governador de São Paulo, João Doria, repetia: “fiquem em casa”, depois “usem máscara” e lutava para a elaboração, o quanto antes, de uma vacina contra a Covid-19, a CoronaVac, desenvolvida em parceria do Instituto Butantan com laboratório chinês Sinovac Biotech.
Os números de infectados, internados e mortos chegaram a níveis alarmantes no Brasil, que se tornou, em junho último, o País com o maior número de casos e mortes de todo o mundo. Mesmo assim, isso não inibiu o empresariado que pressionou, a todo custo, prefeitos e governadores para reabertura de todos os setores da economia, mesmo os mais perigosos para a propagação do novo coronavírus, como os bares, restaurantes, cinemas e casas de show. Então, com a proximidade das eleições, foi divulgado um cenário fake de que estava tudo bem, casos caindo, mortes diminuindo. Porém, bastou terminar a divulgação dos resultados do segundo turno, que uma “segunda onda” chegou ao Brasil.
O ano de 2020, enfim, passou, e 2021 já está aí, batendo na porta, trazendo esperança de dias melhores e, principalmente, do início da vacinação.  Essa é a expectativa, pelo menos, de grande parte da população. Então, que os objetivos se renovem, o otimismo tome conta de cada um e permaneça a esperança de que tudo poderá ser melhor no próximo ano. Vamos deixar que o otimismo nos contagie para que renovemos nossas energias, foquemos em nossos planos, sonhos, metas, e, comemoremos esse final de ano, simplesmente por estarmos vivos. Parafraseando os versos de Daniel Nasser e Francisco Neves: “adeus ano velho, feliz ano novo, que tudo se realize no ano que vai nascer, muito dinheiro no bolso, saúde para dar e vender”. Um Feliz 2021 à todos!

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