20 Apr 2024

Publicado em Editorial
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O Brasil atingiu 300 mil mortes por Covid-19, na quarta (24). Trezentas mil vidas perdidas, um dia após bater recorde de mais de 3 mil óbitos pela doença. Apenas na quarta (24), também, pouco mais de um ano após ter iniciado a pandemia no País, o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou, a criação de uma secretaria especial de combate à pandemia e a aceleração da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil. De acordo com o ministro, o foco é monitorar de perto e de forma contínua as ações de enfrentamento da doença em todos os setores e ampliar a capacidade diária de imunização no País.
A meta, segundo Queiroga, é ampliar o número de vacinas, atualmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) aplica 300 mil vacinas por dia. O Ministério da Saúde pretende aumentar essa velocidade para 1 milhão de vacinas todos os dias. É uma meta plausível, como o próprio ministro afirmou, só faltam vacinas suficientes para isso.
No novo cronograma de entrega de doses de vacina divulgado, na terça (23), o governo federal reduziu em 10 milhões o total de doses previstas para o mês de abril. O total de vacinas para o próximo mês passou de 57,1 para 47,3 milhões.
O Brasil recebeu até o momento pouco mais do que 29,05 milhões de doses das vacinas Coronavac e Oxford/Astrazeneca, sendo cerca de 24,24 milhões de doses da vacina do Butantan e 4,89 milhões de doses de Oxford/Astrazeneca. Segundo levantamento das Secretarias Estaduais da Saúde, apenas cerca de 6,32% da população brasileira tomou pelo menos uma dose dos imunizantes disponíveis no Plano Nacional de Imunização (PNI) e 2,09% dos brasileiros tomou as duas doses necessárias para ser considerado vacinado.
Com a vacinação em velocidade lenta, quase parando, e o avanço da pandemia no ritmo frenético, a situação no País é caótica. É como afirmou, recentemente, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), ao jornal O Estado de S. Paulo: “a cepa mais transmissível anda de Ferrari. Já a campanha de vacinação vai de carroça”, disse.
No ABC que também registra índices de ocupação de UTIs superiores a 90%, na segunda (22), por meio do Consórcio Intermunicipal, que reúne os prefeitos dos sete municípios, decidiu antecipar os feriados municipais, entre 27 de março e 4 de abril, criando uma “semana lockdown”. Não haverá dia útil em todo o ABC, neste período. Também não será permitida a venda de bebidas alcoólicas em nenhum horário durante esse período. Os feriados municipais serão antecipados, entre a próxima segunda (29) de março e a quinta (1) de abril, e se somam ao feriado nacional da Paixão de Cristo, sexta (2) de abril e a dois fins de semana, totalizando nove dias. O objetivo é o de reduzir a circulação das pessoas e conter a aceleração da pandemia do novo coronavírus.
Em Santo André, na segunda (29), será aniversário da cidade; na terça (30), Tiradentes; na quarta (31), Corpus Christi; na quinta (1) de abril, Revolução Constitucionalista e na sexta (2) de abril, Sexta-Feira da Paixão. Já em São Bernardo, na segunda (29), será feriado de Corpus Christi, na terça (30), aniversário da cidade, na quarta (31), Consciência Negra; na quinta (1) de abril, Corpus Christi de 2022 e na sexta (2), Paixão de Cristo. Em São Caetano na segunda (29), aniversário da cidade (2021); na terça (30), Dia da Consciência Negra (2021); na quarta (31), aniversário da cidade (2022); na quinta (01), Dia da Consciência Negra (2022). As medidas, além de causar surpresa e muita confusão para boa parte da população, pois nunca, na história dos municípios, ocorreu algo semelhante, têm como meta frear o avanço do contágio da Covid-19. Resta saber, se a população irá respeitar e entender que os feriados foram antecipados por razão sanitária, epidemiológica, e que se deve ficar em casa, evitar ao máximo a circulação nas ruas, e não viajar, festejar, se aglomerar e continuar a viver como se nada estivesse acontecendo.

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