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Segunda Páscoa na pandemia

Publicado em Editorial
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O Brasil registrou, na terça (30) de março, 3.780 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, é um novo recorde desde o início da pandemia, chegando ao total de 317.646 óbitos acumulados. A média móvel de mortes chegou a 2.710, maior número da série histórica. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). No País, já são 69 dias consecutivos com a média móvel de mortes acima de 1 mil e mais de quatro dias com a média acima da marca de 2,5 mil.
A antecipação dos feriados prolongados no ABC, realizados, na última semana, ainda não surtiu efeito, ou seja, não provocaram diminuição da ocupação dos leitos de UTIs. Em Santo André, por exemplo, na quarta (31), o índice ainda estava 91,40% (entre leitos públicos e privados).
Enquanto a Saúde colapsa, a Economia também afunda no País. O Banco Mundial projeta que a economia brasileira crescerá 3% neste ano. A recuperação econômica doméstica deverá ficar atrás da de outros pares latino-americanos, como México (4,5%), Chile (5,5%) e Colômbia (5%) neste ano.
A taxa de desemprego do Brasil, neste primeiro trimestre, ficou em 14,2%, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados na quarta (31) de março, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população desocupada soma 14,3 milhões de pessoas no período. Já as ocupadas somam 86,025 milhões, no trimestre finalizado no primeiro mês do ano. De acordo com os dados do IBGE, a população desocupada teve um aumento de 19,8% no último dado divulgado na comparação com o mesmo período do ano anterior. São mais 2,4 milhões de pessoas sem ocupação.
Nem a Páscoa, considerada a sexta data comemorativa mais importante para o comércio varejista brasileiro, depois do Natal, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças e Black Friday, deverá aliviar um pouco a situação para os comerciantes e empreendedores. A expectativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) para a Páscoa de 2021 é de queda nas vendas de 2,2%, em comparação à mesma data do ano passado, que foi considerada muito ruim, com retração de 28,7%. A data deve movimentar no varejo do país R$ 1,62 bilhão.
O economista sênior da CNC, Fabio Bentes, disse à Agência Brasil que, se confirmada essa expectativa, vai ser o menor faturamento em 13 anos. “Desde 2008 que o faturamento do varejo com a Páscoa não é tão pequeno como esse que a gente está esperando”, avaliou.
Segundo as estatísticas, as vendas da Páscoa foram crescentes, até 2019, sofrendo, apenas, pequenas oscilações, mas em 2020, despencou. O faturamento caiu de R$ 2,33 bilhões, em 2019, para R$ 1,66 bilhão, no ano seguinte.
A importação de chocolates e bacalhau também sofreu, com a variação do dólar, que subiu 23% entre a Páscoa de 2020 e a deste ano. Em 2021 serão apenas 3 mil toneladas de chocolates, a menor quantidade desde 2013. Já em relação ao bacalhau, terá o menor patamar desde 2009, segundo a CNC, com 2,2 mil toneladas.
Nesta segunda Páscoa da pandemia, os consumidores se depararam com preços muito acima da média e, para celebrar a data, terão que se contentar com ovos menores e mais caros.

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