18 Apr 2024

Publicado em Editorial
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Com 70% da população vacinada, Nova York, nos Estados Unidos, festejou, na terça (15), com fogos de artifício, o fim das medidas restritivas para combate à Covid-19, como o uso de máscaras e o distanciamento social, que deixaram de ser obrigatórios em comércios e espaços públicos para quem já foi imunizado.
Na França, desde quarta (17), o uso de máscara de proteção ao ar livre não é mais obrigatório. O primeiro-ministro do país europeu, Jean Castex, ainda antecipou o fim do toque de recolher para domingo (20), dez dias antes do prazo inicial. Na Alemanha, diante das infecções de Covid-19, em tendência de baixa, as regras do uso obrigatório de máscara devem ser relaxadas em todo o país, segundo o jornal The Guardian.
Aos poucos, a vida vai voltando ao normal em países onde milhões de cidadãos colhem os frutos de campanhas de vacinação aceleradas.
Enquanto isso, o Brasil voltou a registrar média móvel de mortes acima dos 2 mil, na quarta (16), com 2.673 mortes, o que não ocorria desde o dia 10 de maio último. O país já contabiliza 500 mil óbitos por Covid-19. São 500 mil vidas, histórias e sonhos perdidos.
Os brasileiros amargam dias de estagnação, por conta de uma campanha nacional de vacinação, que caminha a passos de tartaruga e, ainda, assiste a grandes líderes nacionais se comportando como se estivessem morando na Europa, ou nos Estados Unidos, defendendo a desobrigação do uso de máscara, promovendo aglomerações, em todo e qualquer lugar que se deslocam, com apenas 11,26% da população vacinada e, ainda, defendendo o uso de tratamentos precoces, sem comprovação científica de qualquer eficácia.
Como se isso tudo não bastasse, ainda, há os impropérios e pretensas conspirações ensandecidas, como por exemplo, a de que haveria um relatório mostrando que 50% das mortes de 2020 tiveram outras causas que não a Covid-19. O que, certamente, foi negado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Claro, sem esquecer, dos fatos tórridos da CPI da Covid-19, como os mais de 53 e-mails da Pfizer, sobre a negociação de vacinas, que ficaram sem resposta, no ano passado.
Devido a esse descalabro nacional, muitos brasileiros, diante da possibilidade quase nula de se vacinarem, ainda neste ano, já perdiam as esperanças de uma luz no final deste tenebroso túnel da Covid-19, para aspirar dias de volta à “normalidade” e a “liberdade” sem o uso obrigatório das máscaras.
Em pleno domingo (13) de junho, Dia de Santo Antonio, também padroeiro dos pobres (e, por que não? Até dos “sem vacinas”), foi anunciado, pelo governo do Estado de São Paulo, o ‘Dia da Esperança’, ou seja, uma data para que toda a população adulta, dos 645 municípios de São Paulo, esteja vacinada contra a Covid-19. E isso deverá ocorrer até 15 de setembro. A notícia caiu como um bálsamo nos ouvidos dos que esperavam o alento da vacina contra a Covid-19, desde o início da pandemia. Foi comemorada e celebrada com grande alegria por muitos.
De fato, enfim, já foi iniciada uma verdadeira contagem regressiva para a volta à “normalidade”. Da volta aos beijos e abraços, dos encontros familiares, dos passeios com os amigos, do aperto de mãos, do segredo ao pé do ouvido, das festas, das celebrações, dos momentos de alegrias. Tudo, claro, com muita aglomeração, como o brasileiro gosta. E, em breve, podendo, até mesmo, aposentar a coleção de máscaras e os vidros de álcool em gel.

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