Os mais antigos moradores já se preocupam com esse problema e nas conversas familiares fazem pesadas críticas à atual administração. Os prefeitos Walter Braido e Luiz Tortorello, em seus mandatos, tiveram participação decisiva para evitar que o perfil da cidade se modificasse com a sua transformação em Cidade-Dormitório. A mídia local sempre deu amparo aos que se posicionavam contra essa mudança. No entanto, parece que os esforços dos mora-dores, depois de vários anos, se esgotaram, pois não conseguiram conter a investida dos lobistas das grandes construtoras da capital. Assim, São Caetano tem mais de 80 prédios em construção, com alguns já entregues, e outros com várias torres no mesmo local, etc. É provável que mais de 19 mil novas pessoas passem a residir na cidade, trazendo também algo em torno de 7 mil veículos para rodar pelas estreitas ruas da cidade. Além disso, haverá necessidade de mais escolas, mais espaço para diversão e esportes, ampliação da rede hospitalar, já em ampliação para suprir ape-nas as necessidades atuais, rede de esgoto, água e mais espaço nas ruas para evitar o congestionamento no trânsito, etc.
A pergunta se faz necessária: São Caetano está preparada para dar conta dessa invasão? É provável que não. Se essa for a realidade, os atuais moradores não vão poder contar com a eficiência do atual atendimento médico pela rede pública e outras benfeitorias criadas pelas administrações anteriores. Enfim, essa é a realidade a ser vivida pela cidade nos próximos cinco anos. A atual administração deixará para a próxima o seguinte legado: a queda na eficiência no atendimento por parte do poder público municipal, já que em pouco tempo trouxe para cá mais de 20 mil novos moradores. O sofrimento ficará por conta dos moradores mais antigos.