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A pandemia de não vacinados

Publicado em Editorial
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O ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, alertou, em entrevista, na quarta (3), que o país já vive uma “pandemia de não vacinados”. Trata-se da quarta onda na Alemanha, que tem ganhado força. Os casos de Covid-19 dispararam nas últimas semanas.
A responsabilidade do aumento dos casos, segundo o ministro, é das pessoas relutantes a se vacinar. Foram 20 mil novos casos em apenas 24h e 194 mortes, o que representa uma incidência próxima aos níveis registrados em maio, e 40% no aumento dos atendimentos hospitalares de pacientes de Covid e de 15% nas UTIs.
A Alemanha tem o equivalente a 66,8% da população com o esquema vacinal completo. Porém, os não vacinados têm um alto risco de se infectarem e adoecerem gravemente.
No Brasil, o país já ultrapassou a marca de 55% da população com o esquema vacinal completo contra a Covid-19. No Estado de São Paulo, na segunda (1), chegaram ao fim as medidas restritivas decretadas pelo governo estadual para conter o avanço do coronavírus. Agora, já estão liberados shows com público em pé, pistas de dança e a volta de 100% dos públicos ao estádio de futebol. Eram os últimos eventos que ainda estavam proibidos, após quase 600 dias de restrições em São Paulo. Com a retomada, todos os estabelecimentos podem funcionar sem restrição de público e horário.
O Estado registrou, segundo o governador João Doria, na terça (2), queda de 93% nas mortes por Covid-19 ante o início de abril. O índice da população com o esquema vacinal completo também já passou dos 88%.
Ainda continua obrigatório o uso de máscaras em todo o Estado. Mas, a obrigatoriedade pode estar com os dias contados. O Centro de Contingência de Combate ao novo coronavírus de São Paulo está analisando e observando os índices epidemiológicos (como por exemplo e número de casos graves, mortes e cobertura vacinal) com a flexibilização das atividades comerciais e a volta dos eventos. Em breve, o Comitê encaminhará ao Governo do Estado a possibilidade da flexibilização quanto ao uso de máscaras em ambientes abertos e sem aglomeração. A previsão é de que isso seja possível a partir de 1º de dezembro.
No Rio de Janeiro e no DF já é possível sair nas ruas sem usar máscaras. O governo estadual carioca, por meio de resolução da Secretaria Estadual de Saúde, aboliu o uso do acessório ao ar livre, desde que não haja aglomeração, na quinta (28) de outubro e, no DF, o uso de máscaras deixou de ser obrigatório em espaços ao ar livre, na quarta (3) de novembro.
Apesar de haver enorme expectativa, por parte da população, para, enfim, poder circular livremente, sem as máscaras de proteção contra o novo coronavírus, o momento ainda exige cautela. Cerca de 30% da população brasileira ainda não recebeu nenhum imunizante. E mais de 30 milhões de pessoas não voltaram para receber a segunda dose.
Com o final do ano se aproximando, a temporada de festas e confraternizações servirá como teste para, no próximo ano, saber o que poderá acontecer com a volta do Carnaval em todo o país. É preciso aprender com o exemplo alemão, a fim de evitar uma pandemia de não vacinados.

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