Teleguiado por assessores, prefeito Auricchio vem perdendo uma grande oportunidade de se firmar como a nova liderança política da cidade, que carece de novas lideranças por causa do falecimento de ex-líderes políticos de expressão como Walter Braido, Luiz Tortorello e outros que foram antes. O povo de São Caetano sempre apoiou esses líderes, pois nos últimos 30 anos todos os prefeitos eleitos foram do partido (PTB) de Braido e Tortorello, bem como o atual prefeito.
Mas, a forte influência de assessores sobre o atual prefeito, inclusive divulgando pela mídia que tem estrutura política para ser vice-governador ou senador nas próximas eleições, é de uma infantilidade de dar dó. Não por parte da estrutura do prefeito, mas porque São Caetano tem perto de 111,4 mil eleitores e isso numa eleição estadual não representa nada. Para a empreitada dessa natureza, Auricchio deveria ser um líder regional, pois o ABC tem atualmente mais de 3,8 milhões de habitantes. Mas, seu trabalho político foi centralizado somente em São Caetano, com a rápida passagem de um ano no Consórcio Intermunicipal.
No racha político que aconteceu na cidade, nas últimas eleições locais, Auricchio mostrou que não está com tanta força assim. Seu candidato a deputado estadual Alex Manente (PPS), com todo apoio oficial, obteve 10,0 mil votos em São Caetano e o deputado Orlando Morando (PSDB), com apoio de três vereadores, conseguiu 8,9 mil votos. Realmente, o prefeito ganhou por pouco de três membros do Legislativo. Na eleição para presidente da Câmara, no início do ano, o vereador Sidnei Bezerra da Silva, Sidão da Padaria, que durante o ano passado não teve a atenção dos assessores do prefeito, conseguiu eleger-se presidente. O grupo do Paço divulgou informação de que foi indicado pelo prefeito. Não foi desse jeito.
Percebe-se, assim, que o prefeito Auricchio, totalmente blindado, joga pela janela uma enorme oportunidade de se tornar uma nova liderança política na cidade. É uma pena.