25 Apr 2024

Publicado em Editorial
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O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na sessão de quinta (16), afastou a inelegibilidade de José Auricchio Júnior (PSDB), candidato mais votado para a Prefeitura de São Caetano nas Eleições Municipais de 2020. Foram 42.842 votos, o que corresponde a 45,28% dos votos válidos e seu adversário, Fábio Palácio (PSD), recebeu 30.404 votos, ou seja, 32,13% dos votos válidos. Com a decisão, ele poderá assumir o cargo para o qual foi reeleito no ano passado.
O indeferimento do registro de candidatura de Auricchio havia sido confirmado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) dois meses antes do pleito. Ele foi acusado de receber doação de pessoa física sem capacidade econômica para realizar a transação durante a campanha de 2016.
Os recursos começaram a ser julgados no plenário virtual, na sessão extraordinária do dia 28 de outubro. Na ocasião, o então relator, ministro Luis Felipe Salomão, e o ministro Edson Fachin votaram pelo reconhecimento da validade da candidatura do político. O julgamento foi retomado, com a apresentação do voto-vista do presidente, o ministro Luís Roberto Barroso, que também votou pelo afastamento da inelegibilidade.
Auricchio, que já esteve no comando da cidade, por três mandatos (de 2005 a 2008; 2009 a 2012 e 2017 a 2020), irá iniciar o quarto mandato como prefeito de São Caetano.
Desde o dia 1º de janeiro, assumiu o comando da cidade, de maneira interina, o presidente da Câmara, Tite Campanella (Cidadania), filho do ex-prefeito Anacleto Campanella e forte aliado de Auricchio. Diferentemente de seu pai, que administrou a cidade por dois mandatos, a expectativa era de que Campanella permanecesse poucos meses à frente do comando da Prefeitura, de janeiro, até março ou abril, ou seja, até o desfecho do julgamento do caso Auricchio. Porém, a morosidade da justiça fez com que São Caetano ficasse com prefeito interino por quase um ano.
Mais de 50 anos depois, o sobrenome Campanella voltou à Prefeitura de São Caetano. Tite, em entrevista à Folha, quando completou um mês de governo, revelou que “o sonho, e a vontade de ser prefeito estou matando agora. Fico muito feliz de estar sentado na cadeira que um dia pertenceu ao meu pai” e ainda que esperava ocupar a cadeira de Auricchio, por um breve momento, mas que daria “continuidade à proposta vencedora das eleições”.
Quando completou 100 dias de governo, Tite afirmou que o mérito das realizações deste período é da própria administração de Auricchio, que teve uma continuidade. “Minha marca pessoal é a lealdade com a equipe que está comigo e com o prefeito que detém a cadeira, efetivamente, que é o Auricchio”.
Os meses foram se passando, o governo interino de Tite ganhando formato e brilho próprio. Apesar de permanecer leal à Auricchio, Tite mudou um pouco o tom. “Sou independente tenho a minha própria personalidade, ele tem a dele”, disse. E isso realmente pôde ser verificado em seu governo. Em onze meses de gestão, Tite realizou oito trocas no secretariado.
Quase doze meses depois, São Caetano, finalmente, terá seu prefeito de volta, o que recebeu a maioria dos votos e se consagrou o vitorioso nas urnas. Auricchio será diplomado no início da próxima semana para iniciar seu governo. Com isso, se tornará o único prefeito na história de São Caetano a administrar a cidade por quatro mandatos.

Última modificação em Sexta, 17 Dezembro 2021 14:41
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