Era de se esperar que o aparato tecnológico e os “inhos” na fiscalização que o trânsito fluísse normalmente nas principais cidades do ABC, pois os motoristas deveriam estar inibidos pela tecnologia em arriscar a cometer qualquer tipo de infração. Ao contrário, todo esse aparato trouxe mais abusos, mais infrações e mais violência no trânsito. É fácil explicar porque os motoristas correm tanto. A maioria, sabendo da localização dos radares fixos e móveis e dos “inhos”, pois estão sempre nos mesmos lugares, abusam na velocidade depois de ultrapassar um radar ou um “amarelinho”.
Um exemplo prático disso é um trecho da rua João Pessoa, que deixou o estacionamento de veículos somente do lado direito no sentido bairro.
Quando abre o farol do cruzamento com a rua Municipal, parece que foi dada a largada para uma corrida em Interlagos, pois os carros atingem mais de 70 K/h em apenas uma quadra, na qual tem um colégio e dois cursos de inglês. E ninguém da prefeitura local percebe que nessa rua tem uma pista de Interlagos. Esse exemplo serve para as demais cidades do ABC, pois o motorista pára em fila dupla, fecha o outro carro na curva, passa no sinal vermelho (sabe que não tem radar), estaciona numa porta de loja, provocando congestionamento, etc. E não sofre nenhuma penalização.
Outros obedecem a sinalização, dirigem com segurança, evitam jogar o carro em cima do vizinho e, às vezes, são penalizados com multas e não têm tanta sorte como os que praticam diariamente vários tipos de infrações e não são multados. Às vezes, dá saudade do bom serviço prestado pelos policiais militares no trânsito. Pena que isso acabou.