19 Apr 2024


A guerra de Vladimir Putin

Publicado em Editorial
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No século passado, o nazifascismo e o comunismo representaram um verdadeiro mal sobre a Terra. Produziram ditaduras sanguinárias, fome e guerras, perseguiram minorias, exterminaram dezenas de milhões de pessoas. Agora, o mundo, que ainda nem se recuperou da pandemia de Covid-19, que já matou mais de 6 milhões de pessoas, assiste perplexo à Guerra da Ucrânia.
Vladimir Putin, que comanda a presidência da Rússia desde o ano 2000, foi o responsável por dar início à invasão russa à Ucrânia e, com isso, da volta de cenas terríveis com pessoas jogando sacos com cadáveres em valas comuns recém-escavadas, comércios saqueados. Os relatos e imagens evocam agonias europeias de guerras passadas, que todos jamais imaginaram que iriam se repetir.
Os cenários são de filmes de terror. Há ucranianos andando pelas ruas buscando algo para comer, em meio aos bombardeios e os que estão em cidades atingidas, não conseguem obter notícias e informações, mesmo em rádios de pilha, pois as emissoras locais foram bloqueadas. Não há energia elétrica, e com isso, os dispositivos móveis, como celulares e tablets, ficam praticamente inutilizados. Habitantes derretem neve para conseguir beber água de poças, outros fazem fogueiras ao livre para cozinhar e se aquecerem.
Mais de três milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde que a Rússia iniciou a invasão do país, em 24 de fevereiro, segundo uma agência da ONU. Do total, 1,4 milhão são crianças, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Mas, deixar o país tem sido uma missão cada vez mais difícil para os que ainda estão em território ucraniano. Por cerca de oito dias consecutivos, a Rússia concordou com um cessar-fogo para permitir retiradas, mas depois não cumpriu a promessa.
A guerra também tem elementos que podem escalar para um quadro altamente catastrófico para a humanidade. Os impactos se estendem pelo mundo todo, que foi atingido com o aumento nos preços do petróleo e de outras commodities, que ocasionarão altos índices de inflação nos próximos meses. Os países mais pobres, evidentemente, serão os mais afetados, mas o Brasil não ficará imune.
O preço do barril de petróleo já passou dos US$ 100, podendo passar dos US$ 150. A alta dos combustíveis não é novidade e já é uma preocupação nacional, desde a greve de caminhoneiros em 2018. A Rússia é o maior exportador de trigo do mundo e a Ucrânia está entre os dez mais. O Brasil importa 60% do trigo que é consumido. A dependência do fertilizante russo é outro problema que pode afetar o agronegócio brasileiro.
Na Rússia, a economia segue em queda livre e a população sofre com as repressões, talvez as mais brutais desde Stalin. Com sanções econômicas que desencadearam uma crise financeira no país e a possibilidade de colapso reputacional, empresas estão abandonando uma base de investimentos feitos no país desde a reabertura econômica em 1991. Uma lista crescente de multinacionais já anunciou a saída do país, entre elas: Mastercard, American Express, Exxon, McDonald's, Coca-Cola, Starbucks, GM, Jaguar Land Rover, Lóreal, Spotify, Paypal, TikTok, Nike, Disney, Netflix, Facebook, Twitter, Prada, Chanel, LVMH, Hermès, entre outras.
Abandonar qualquer pretensão de ser membro da Otan é uma das exigências de Moscou para suspender os ataques à Ucrânia. A quarta rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia foi retomada. Enquanto isso, populações de diversos países fazem a mesma pergunta: quando isso vai acabar?

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