18 Apr 2024


A nova classe média e a política

Publicado em Editorial
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A nova classe média e a política

A maioria da população está mudando o seu perfil. Essa novidade chegou à mídia por ocasião das eleições presidenciais de 2010, quando o ex-presidente Lula elegeu a sua sucessora a ex-ministra Dilma Rousseff, que até então nunca havia disputado uma eleição. Até então, essa vitória foi atribuída às pessoas que, nos últimos seis anos, passaram da classe D para a C, carregando consigo novos comportamentos e expectativas. A mudança está na formação da “nova classe média” e essa ascensão há muito tempo está sendo discutida pelos economistas. No final da semana passada, o assunto foi abordado com muita propriedade pelo Estadão em três oportunidades.

O jornalista Gabriel Manzano, no domingo (17), em reportagem, disse que “A “nova classe média”, trazida ao centro do debate político pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, num artigo para a revista “Interesse Nacional”, (...) chegou para mudar o cenário eleitoral do País, admitem analistas, marqueteiros e estudiosos”. Diz ainda que (essa nova classe média) e em vasto universo de 29 milhões de pessoas pobres que subiram para a classe C. (...) e líderes partidários, analistas, comunicólogos e marqueteiros já se esforçam para entender como atuará, diante das urnas, esse segmento que, ao subir, fez da classe média do País, com 94 milhões de pessoas (51% da população). (...) O impacto desse cenário já se faz sentir no mundo político, que ainda procura entender a enorme votação da candidata Marina Silva (PV) nas eleições presidenciais de 2010”.
Em entrevista publicada no caderno “Aliás”, no Estadão de domingo (17), o sociólogo Jessé de Souza, acentua que “os emergentes são a maior novidade econômica, social e política do Brasil na última década. Essa classe crescente é a grande novidade do “Brasil bem-sucedido” dos últimos anos, mas ainda pouca conhecida. De um lado existe muito preconceito em relação a ela, como em geral aos setores populares no Brasil. De outro, também na cabe a percepção triunfalista que a cerca no debate público”. O cientista político Bolívar Lamounier disse que “o termo “nova classe média” vem sendo empregado para designar um agregado social correspondente a mais de 40% da população, compreendido entre R$ 1.200 e R$ 4.800 de renda familiar mensal. Não estranharei se alguém se referir à metade dessa camada como “classe trabalhadora” ou até “proletariado”.
Percebe-se, assim, que vivemos uma nova realidade no País. O resultado desse crescimento da classe C já pode ser sentido no dia-a-dia: no trânsito, nos cinemas, nos caixas dos bancos, nos aeroportos, nos estádios de futebol, nos parques públicos, principalmente os que permitem exercícios públicos, nas academias, nas eleições, etc.
Última modificação em Quarta, 20 Abril 2011 12:08
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