Esses contatos são importantes e permitem que se tenha a idéia se o candidato a vereador vai se eleger ou não. Os candidatos a vereador, geralmente os que disputam uma eleição pela primeira vez, por exemplo, conseguem sempre, com honrosas exceções, o total entre quinhentos a mil votos, depois da apuração. Sem muita experiência eleitoral, os novatos trabalham apenas um universo entre dois mil a três mil eleitores. É um total de eleitores muito baixo para quem necessita se eleger, pois para garantir uma cadeira de vereador, dependendo ainda do partido, são necessários mais de quatro mil votos. Os vereadores, que se reelegem, fazem o trabalho junto a um universo entre 10 mil a 15 mil eleitores. Para isso, é necessária uma grande equipe, que saiba trabalhar em eleição, e também muita grana para pagar todas as despesas.
Em relação aos candidatos a prefeito, o trabalho é maior e mais difícil em relação aos candidatos a vereador. A preferência é para ampliar o grupo de aliados. O primeiro cerco é em torno dos candidatos a vereador que vão disputar a reeleição, pois possuem um forte trabalho junto ao seu eleitorado. Também coligar com outros partidos que têm dezenas de candidatos a vereador. Atrair lideranças políticas, coligações com partidos, lide-ranças de bairros, enfim, onde tem voto, o candidato tem que ir buscar. Os exemplos de trabalho desse tipo estão diariamente na mídia local: em São Caetano, o PSDB, aliado do prefeito Auricchio, filiou num único dia 500 eleitores. O prefeito, por sua vez, conseguiu trazer para seu secretariado, semanas atrás, o vereador Gilberto Costa, que era um forte candidato a prefeito. Em São Bernardo, o ex-vereador Laurentino Hilário (PSDB) exonerou-se da assessoria do deputado Orlando Morando (PSDB) para apoiar o atual prefeito Luiz Marinho.
Assim, quem pretende ganhar as eleições no próximo ano tem que trabalhar agora e a todo vapor.