Nos leilões para a compra das empresas estatais denominadas de teles, a Telefonica, em negociação comercial, mostrou um lado que poucos conheciam. Inicialmente, a Telefonica iria comprar, nos leilões, a CRT gaúcha em parceria com o grupo do jornal Zero Hora, também do Rio Grande do Sul. Na hora, deu um chapéu nos gaúchos e adquiriu sozinha a Telesp, que passou a ser denominada de Telefonica. Depois de algum tempo, o estilo de administrar uma empresa veio à tona: “Telefonica é líder em reclamações” de acordo com matéria publicada no Estadão, em 2008, meses depois da compra da Telesp. O texto que revelou que “a Telefônica ocupa, pelo segundo ano consecutivo, o primeiro lugar na lista das reclamações da Fundação Procon de São Paulo (Procon), com 4.405 queixas”. Além disso, cobranças indevidas e serviços não solicitados aumentaram a lista de reclamações.
Mas não é só isso. Neste ano, como publicamos na edição passada, uma empresária local, desde agosto esperava a transferência de um telefone da empresa para sua filha, simples-mente para mudar o nome do usuário. A Telefonica pediu tanta papelada, inclusive o contrato social da empresa. Todos os documentos solicitados foram entregues. Depois de quatro protocolos emitidos pela Telefonica, em relação à presença da interessada junto aos atendentes no prédio em Santo André, no final de novembro, a papelada foi devolvida porque faltava o contrato social da empresa. No mesmo dia, a empresária foi até a sede do Procon, Santo André, e um advogado desse órgão analisou toda a papelada e disse que “todos os pedidos da Telefonica tinham sido atendidos e não sabia porque a transferência do telefone não foi autorizada”.
Pode-se ver assim que “a cara de poucos amigos dos diretores da Telefonica”, na assembléia de acionistas da CTBC, anos atrás, foi um sinal de que a empresa não respeita as determinações legais da Anatel e nem os seus assinantes. E ninguém toma providência contra essa empresa prepotente. Por que será?