20 Apr 2024


Um trânsito insuportável no ABC

Publicado em Editorial
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Um trânsito insuportável no ABC

Está cada vez mais insuportável o trânsito em Santo André, São Bernardo e São Caetano. Vai continuar assim por muito tempo, pelo menos de acordo com a palavra de um chefe do Executivo local, meses atrás, que, em resposta a pergunta sobre trânsito, disse que “a solução só será possível quando todos os prefeitos locais se reunirem para resolver o problema”. O Consórcio Intermunicipal, por sua vez, procura impedir o trânsito nas grandes avenidas locais dos caminhões nos horários de pico e encontra dificuldade para isso. Os setores de trânsito dos municípios não conseguem amenizar o problema de milhares de motoristas locais no dia-a-dia, que sofrem nos engarrafamentos.

Todos os moradores na região têm conhecimento, pelo menos há mais de cinco anos, que as principais avenidas que ligam Santo André a São Caetano, Goiás e D. Pedro II, estão congestionadas o dia inteiro. O mesmo ocorre com Avenida Pereira Barreto, que liga Santo André a São Bernardo. As ruas secundárias na área central das cidades também estão com o tráfego saturado. O problema se agrava a cada ano com milhares de novos carros emplacados. Antes, cada família tinha um ou dois carros na garagem. Agora, cada membro da família tem seu carro. Haja ruas para tantos veículos. Até anos atrás, o congestionamento ocorria nos horários de pico na parte da manhã e na volta do trabalho. Com o crescimento da frota de veículos em circulação, o congestionamento acontece o dia inteiro. Para se ter uma idéia, dois ou três anos atrás, a distância entre o centro de Santo André e de São Bernardo era percorrida em 15 minutos, no máximo. O mesmo tempo era para quem ia do centro de Santo André a São Caetano. Bons tempos, que foram e não voltam mais. Hoje, para percorrer as mesmas distâncias, a qualquer hora do dia, perde-se mais de 40 minutos. Talvez, uma solução poderia ser o rodízio de veículos, a exemplo de São Paulo. No entanto, para isso seria necessário um acordo entre as três prefeituras, mas a vaidade dos dirigentes de trânsito de cada cidade não permite essa integração. Com isso, o benefício aos motoristas é sempre protelado. Muitos motoristas, com a piora diária dos engarrafamentos, são obrigados a levantar mais cedo a cada ano para não chegarem atrasados ao emprego. Quer dizer, ano após ano, o motorista acorda meia hora mais cedo para não chegar atrasado ao emprego. Dentro de alguns anos vão ter que sair de casa às 2h da manhã. Um outro problema também já acontece com os motoristas que enfrentam as ruas congestionadas. A educação ficou para trás. Todo mundo segue a Lei de Gerson (quer levar vantagem em tudo): não dão passagem a moças ao volante, jogam os carros de uma faixa para outra ao ver um pequeno espaço sem a menor cerimônia, não respeitam os semáforos, estacionam em locais destinados a deficientes e idosos, discutem com outros motoristas na disputa de uma vaga difícil no estacionamento de shoppings, supermercados, etc.
Enfim, a situação piora a cada ano e nenhuma providência é tomada pelas autoridades de trânsito local. O único estudo que surgiu, nos últimos meses, foi o programa para impedir caminhões nas principais avenidas do ABC nos horários de pico por parte do Consórcio Intermunicipal. Mas, o Sindicado dos Tanqueiros promete fazer greve quando a medida for implantada em abril próximo. Diante disso, os motoristas locais, cada vez mais, sofrem com os congestionamentos, mesmo levantando cedo para ir ao trabalho. È muito sofrimento, não?

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