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A dificuldade para fazer campanha no ABC

Publicado em Editorial
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A dificuldade para fazer campanha no ABC

O ABC, com população próxima a três milhões de habitantes, deixa muito a desejar na área político-eleitoral, pois faltam bons canais de televisão e rádios locais para ajudar o trabalho dos candidatos nas campanhas eleitorais. Nas principais cidades do interior do Estado e na capital, a divulgação das campanhas eleitorais tem o auxílio da televisão aberta e do rádio, pois no interior empresários locais também investiram nessa área.

Assim, por determinação de leis, as TVs e as rádios cedem espaços generosos, duas vezes ao dia, aos candidatos para divulgar seus nomes, atividades e programas de trabalho a serem futuramente realizados nos legislativos e no governo municipal. As empresas de rádio e de televisão, por sua vez, não fazem essa cessão de espaço gratuitamente. Ao contrário, são ressarcidas pelo governo federal, que é acertado com descontos nos impostos, quando as empresas fazem o pagamento. No ABC, só tem uma concessionária de TV paga que funciona e, por força de lei, não é obrigada a dedicar espaços às campanhas eleitorais. Alguns canais locais de TVs pagas, alugados para empresários da cidade, procuram realizar um debate entre os concorrentes, que não são assistidos pela grande maioria do eleitorado.
Então, o que os candidatos precisam fazer para divulgar suas campanhas eleitorais? Não é fácil o trabalho de um candidato durante a campanha eleitoral no ABC. A atividade é quase artesanal, pois a principal delas, denominada de “corpo-a-corpo”, é a que mais rende votos. Para isso, o candidato precisa caminhar pelas principais ruas da área central e também pelas ruas com maior movimento nos bairros. Aí, tem um contato direto com o eleitor, isto é, entra em todas as casas de comércio para cumprimentar os funcionários e também o dono, entra nos bares para tomar um cafezinho com eleitores, carrega um criança no colo para ser fotografado, nos fins de semana faz carreata pelas ruas da cidade, visita algumas residências, etc. É necessário repetir isso quase todos os dias, obviamente, mudando de bairro. Sobre a visita a residências, tinha um ex-prefeito de Santo André que, quando entrava numa casa, sabia o nome do cachorro, do gatinho e até do papagaio. No interior do Estado, essas atividades são realizadas em menor escala, pois a TV aberta e a emissora de rádio permitem boa penetração, principalmente quando o aparelho não é desligado na hora dos programas eleitorais. Também é necessário contratar cabos eleitorais para distribuir “santinhos” (foto do candidato com o partido e o número eleitoral) da candidatura nas ruas e para enviar às residências dos eleitores. Enfim, o trabalho desenvolvido pelo político do ABC é muito mais árduo e cansativo do que em cidades que possuem canais locais de televisão e rádio. Todas essas dificuldades, por um lado, fazem com que as coligações partidárias sejam somente para conseguir mais vereadores na chapa. Com a TV aberta, as coligações são para ganhar mais espaço na TV.
Quando será que o ABC terá empresários investindo em televisão aberta?
Última modificação em Quinta, 10 Maio 2012 11:16
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