Sem a necessidade de ser um “expert” em trânsito urbano, dá para ter uma idéia do que realmente prejudica o trânsito: intenso tráfego de veículos escolares e também dos familiares que levam e buscam os alunos nas portas do colégio. Para melhorar a situação, semanas atrás, comentamos que os principais colégios de São Paulo (Dante Alighieri, Mackenzie, São Luiz, etc.) fazem para melhorar o trânsito nas suas portas em parceria com o CET. Outro problema é o intenso tráfego de caminhões pesados no período diurno, que o Consórcio pretendia tirar nas principais avenidas do ABC nos horários de picos e acabou não conseguindo. Qualquer pessoa, que já viajou para as capitais européias e Nova York, sabe muito bem que no horário diurno não se vê nenhum caminhão rodando pelos ruas e avenidas. As entregas aos comerciantes são feitas à noite, bem como os caminhões que vão levar materiais e cimentos para as construções, etc. Sem nenhuma cooperação do Consórcio Intermunicipal, que reúne os sete prefeitos locais, será difícil uma melhora ao insuportável trânsito do ABC.
Os prefeitos, que estão em fim de mandato, não se preocuparam, nestes últimos quatro anos, em solucionar os problemas do trânsito. Então, quando terminar as férias escolares, o trânsito volta outra vez a ficar insuportável. Para se ter uma idéia, quatro ou cinco anos atrás, a distância entre o centro de Santo André e de São Bernardo era percorrida em 15 minutos, no máximo. O mesmo tempo dava para ir do centro de Santo André a São Caetano. Bons tempos, que foram e não voltam mais. Hoje, para percorrer as mesmas distâncias, a qualquer hora do dia, perde-se mais de 50 minutos. O benefício aos motoristas é sempre protelado. Diante disso, o sofrimento dos motoristas é diário. Muitos, com a piora dos engarrafamentos, são obrigados a levantar mais cedo a cada ano para não chegar atrasado ao emprego. Quer dizer, ano após ano, o motorista acorda meia hora mais cedo para não chegar atrasado ao trabalho. Dentro de alguns anos vão ter que sair de casa às 2h da manhã.
Enfim, a situação piora a cada ano e nenhuma providência é tomada pelas autoridades de trânsito locais.