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O trânsito ruim e as escolas

Publicado em Editorial
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25/08/12

O trânsito ruim e as escolas

Não é de hoje que estamos insistindo junto às autoridades locais de trânsito sobre a necessidade de implantar modificações que possam aliviar, pelo menos um pouco, o extenso congestionamento que se formam nas ruas e avenidas de Santo André, São Bernardo e São Caetano. Os carros dos departamentos de trânsito só rodam quando estão a fim de multar os motoristas infratores. Não se observa, entre eles, nenhuma movimentação no sentido de analisar alguma medida que possa trazer alguma melhora e nem a eliminação de gargalos que só aumentam os congestionamentos.

Em junho passado, abordamos neste espaço a contribuição das escolas e colégios para piorar ainda mais o trânsito, nos horários de entrada e saída de alunos. Na ocasião, enfatizamos que na porta das escolas, a fila dupla de carros parados deixa pouco espaço ao tráfego normal. As filas duplas começam a ser formadas meia hora antes do término das aulas no caso da saída dos alunos. Na entrada, então, as filas são enormes porque todos querem deixar seus filhos na porta de entrada. Na saída, os pais ou parentes, pelo menos, saem dos carros para ir até a porta do colégio. No comentário também citamos o exemplo de tradicionais colégios da capital que estavam procurando soluções junto com o CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) para diminuir o sofrimento dos pais na entrada e na saída dos filhos. Citamos algumas soluções obtidas: 1) Colégio Marista Arquidiocesano, na Vila Maria, firmou convênio com o Shopping Santa Cruz para utilizar vagas no estacionamento para pais de alunos a preços mais baratos (R$2,00 por hora); 2) Colégio São Luiz, na avenida Paulista, abriu uma via interna para facilitar o fluxo, com carros entrando pela Bela Cintra e saindo pela Haddock Lobo. Os alunos têm horários diferentes de acordo com a série; 3) Colégio Dante Alighieri, na Alameda Jaú, houve um aumento de 20 minutos, sendo a saída da manhã às 12h35 e a entrada à tarde, às 13h25. À tarde o carro pode entrar no pátio interno e desembarcar alunos da Educação Infantil; 4) Colégio Mackenzie estava para lançar pacotes de medidas em projeto feito em parceria com a CET, que prevê uma espécie de circuito delimitado por cones. Os carros entram nessa faixa, a primeira parada é para saída de criança de colo; na segunda, saída rápida de alunos e na terceira, desembarque de Vans escolares. A CET fará a fiscalização.
Assim, de nossa parte, pois essa é a função da imprensa, fomos buscar exemplos na capital que podem ser implantados no ABC, sempre com a colaboração dos departamentos de trânsito. Mas, os exemplos, ao que tudo indica, não serviram de inspirações aos donos dos colégios e nem para as autoridades locais de trânsito. O resultado é famosa frase: "deixa como está para ver como é que fica". Percebe-se, assim, que nada é feito no ABC para a melhora do trânsito. Um exemplo disso foi quando o Consórcio Intermunicipal quis proibir o trânsito de caminhões nas principais avenidas da região nos horários de picos, o sindicato dos caminhoneiros ameaçou fazer greve, o Consórcio voltou atrás. Dias depois, o Estadão, em editorial, deu um puxão de orelha nos diretores do Consóricio. Percebe-se assim que ninguém tem interesse ou vontade para melhorar o trânsito no ABC.
Última modificação em Sexta, 24 Agosto 2012 09:03
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