Também não é a primeira vez que os petistas de São Caetano ganham notoriedade negativa na mídia. Em 2006, por ocasião da campanha eleitoral ao governo estadual, o ex-vereador Hamilton Lacerda (PT) se envolveu em suposta negociação de dossiê sobre o então candidato a governador, José Serra (PSDB), cujo episódio ficou conhecido na mídia como o “escândalo dos aloprados”. Lacerda foi flagrado, quando entrava num hotel, carregando uma maleta com enorme quantia em dinheiro. Desta vez, em São Caetano, uma gravação nas redes sociais mostrou o vereador Edgar Nóbrega, em 2009, negociando supostamente com o secretário de governo de Auricchio, Tite Campanella, uma verba de R$ 100 mil para chegar à presidência do diretório municipal do PT e, em troca, o partido faria uma oposição sem nenhum problema ao Executivo. O Diário divulgou o assunto e o resultado foi à exoneração de Campanella da secretaria de governo e a renúncia da candidatura a prefeito de Nóbrega.
Assim, o prejuízo ficou com o diretório municipal do PT, que decidiu pela não substituição da candidatura a prefeito e o partido sofreu na cidade mais um escândalo, que ganha as manchetes da mídia, principalmente durante uma campanha eleitoral. Mas, na cidade, acredita-se que não haverá nenhuma influência sobre os votos dos dois principais candidatos, Regina Maura, pela situação, e vereador Paulo Pinheiro, pela oposição. Atualmente, segundo a pesquisa Ibope divulgada pelo Estadão, na sexta (31 de agosto), na matéria da renúncia de Nóbrega, sob o título “PT desiste da corrida em São Caetano após “mensalinho”, Paulo Pinheiro (PMDB) está na liderança, com 29% das intenções de voto, seguido por Regina Maura (PTB), com 26%, e Nóbrega tinha somente 3%. Por sinal, o PT, na eleição de 2008, com seu candidato Jayme Tortorello (PT) teve apenas 10,3 mil votos, representando 13,02% do eleitorado. O PTB também fica com um pequeno prejuízo no episódio, porque o negociador com os petistas era chefe de gabinete da atual administração, trabalhando direto com o prefeito.