Em São Bernardo, o prefeito Luiz Marinho, reeleito, tem procurado amenizar o sofrimento dos motoristas, mas ainda tem muita coisa a ser feita. Os problemas são muitos e, a cada dia, outros vão surgindo. Agora, a reclamação maior é sobre as vias secundárias que permitem o estacionamento de veículos nos dois lados da rua. Com isso, só passa um carro por vez, prejudicando o fluxo. A situação piora quando um motorista espera a saída de um carro estacionado para ocupar a vaga. Nesse período, forma-se um enorme congestionamento ao longo da rua. Outro problema grave no trânsito é quando o motorista vai de uma cidade para outra no ABC. Vamos lá: os carros que demandam de Mauá e Ribeirão Pires congestionam a Avenida do Estado (marginal do Tamanduateí)  nos dois sentidos e também a Avenida Perimetral (sempre congestionada). Para ir de Santo André a São Bernardo e vice-versa, o motorista tem à disposição somente cinco ruas: Pereira Barreto, Príncipe de Gales, Lions/Prestes Maia, Complexo Guarará/dos Viannas e Winston Churchill/Atlântica. Nos horários de picos, perde-se quase uma hora para enfrentar o congestionamento entre os gargalos das duas cidades. Para ir a São Caetano e também voltar, têm outras alternativas, mas no cruzamento todos procuram a D. Pedro II/Goiás.O problema com o trânsito, se nenhuma medida for tomada com urgência, vai ser agravado ainda mais. Nas três cidades, as construtoras de São Paulo estão terminando dezenas de prédios que devem ser entregues nos próximos meses. Para se ter uma idéia, ao lado do Shopping ABC, em Santo André, quatro torres, num local em que duas estariam de bom tamanho, estão perto do estágio final. Antes de ficar prontas, os carros que passam por lá  são prejudicados diariamente pelas betoneiras de cimento ou pelos enormes caminhões que entregam materiais. Na parte da manhã, quem vai para São Paulo, por São Caetano ou pela Via Anchieta, era obrigado a acordar às 6h30 da manhã. Agora, acordam às 5h30. Essa situação também é encontrada entre Santo André e São Bernardo, pois o congestionamento já une os dois municípios. Enfim, a situação piora a cada ano e nenhuma providência é tomada pelas autoridades de trânsito local. O único estudo que surgiu, nos últimos meses, foi o programa para impedir caminhões nas principais avenidas do ABC nos horários de pico por parte do Consórcio Intermunicipal. O Sindicato dos Transportes e as empresas protestaram e nada mais aconteceu. Os motoristas locais continuam sofrendo diariamente com os congestionamentos. E as autoridades municipais deixam “tudo como está para ver como é que fica...”