20 Apr 2024


Novas lideranças políticas no ABC?

Publicado em Editorial
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08/12/12

Novas lideranças políticas no ABC?

Os espaços ocupados por fortes lideranças políticas de Santo André, São Bernardo e São Caetano, que deixaram os “palcos eleitorais”, anos atrás, ainda não tiveram seus lugares ocupados pelos políticos mais recentes que foram eleitos para administrar seus municípios. Nos últimos anos, nas prefeituras locais, surgiram vários candidatos com pinta de liderança, mas até agora não conseguiram ocupar os espaços de Samuel Massei, Anacleto Campanella, Walter Braido, Luiz Tortorello, em São Caetano; Lauro Gomes, Tereza Delta, Aldino Pinotti, Higino de Lima, Tito Costa, Maurício Soares em São Bernardo e Fioravante Zampol, Newton Brandão, Lincoln Grillo e Celso Daniel em Santo André.

Todos foram prefeitos em suas cidades, porque uma liderança política local, evidentemente, só pode ser forjada na administração do município. Quer dizer, os nomes citados acima marcaram época.
E agora? Como surgem novos líderes locais?
É o que a maioria dos eleitores espera, mas não consegue visualizar nenhuma nova liderança. Não por culpa dos votos obtidos nas campanhas eleitorais, mas porque decepcionaram os eleitores realizando administrações que não agradaram, em hipótese nenhuma, os moradores. Nos últimos oito anos passaram pela prefeitura de Santo André João Avamileno (PT) e Aidan Ravin (PTB); em São Bernardo, William Dib (PSDB) e Luiz Marinho (PT) e em São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB). Desses cinco ex-prefeitos e prefeitos, o que se destacou mais foi o atual de São Bernardo, Luiz Marinho, que depois de um mandato de quatro anos, conseguiu reeleger-se com 261,3 mil votos (65,79%), num total de 397,2 mil votos válidos. Fez uma boa administração, também vai levando sua liderança para as demais cidades do ABC e com pretensões de disputar a eleição para governador do Estado. William Dib, por sua vez, procura solidificar cada vez mais sua liderança, inclusive influindo na indicação do candidato que disputou a prefeitura neste ano. Em Santo André, quando foi eleito em 2008, subindo de 81,1 mil votos no primeiro turno para 214,8 mil, no segundo, o prefeito Aidan se empolgou demais com a votação. Provavelmente, pensou que era “o dono dos votos” na cidade. Sua administração deixou a desejar e, mesmo com o poder municipal nas mãos, foi derrotado por um candidato do PT, pouco conhecido na cidade. Em São Caetano, o prefeito Auricchio, depois de dois mandatos consecutivos, “pensou” que tinha mais força eleitoral do que Braido e Tortorello juntos. Fez uma boa administração no primeiro mandato, mas no segundo era um outro Auricchio, dominado pela arrogância e embebido pelo poder. Com o poder nas mãos e com tudo a favor, sofreu uma humilhante derrota na sucessão municipal, pois o candidato vitorioso, vereador Paulo Pinheiro, um ex-aliado, obteve 61,1 mil votos (63,3%), representando mais da metade do total de eleitores, 119,0 mil.
A esperança, agora, é saber se os futuros prefeitos de Santo André, Carlos Grana (PT), e São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), vão realmente administrar a cidade ou então entrar na rotina de uma administração para serem dominados pelas forças estranhas que atuam nos bastidores do poder municipal, que sempre impedem o surgimento de novas lideranças políticas. Vamos aguardar.

Última modificação em Sexta, 07 Dezembro 2012 12:39
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