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Prefeitos empossados. E agora?

Publicado em Editorial
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05/01/13

Prefeitos empossados. E agora?

Os prefeitos das três principais cidades do ABC, Santo André, São Bernardo e São Caetano, foram empossados, junto com os vices, em solenidades realizadas na segunda (1). Em Santo André, foi empossado o prefeito Carlos Grana (PT), que venceu a eleição no segundo turno com 204,5 mil votos contra 174,8 mil de seu adversário, o ex-prefeito Aidan Ravin. Com isso, o PT, quatro anos depois, volta a administrar Santo André, onde permaneceu no poder durante 12 anos. A expectativa dos petistas, que retornam ao poder, é a de permanecer na prefeitura por oito anos, desde que Grana seja reeleito em 2016.

Para isso, no entanto, será necessário que a cidade seja administrada de maneira impecável, com realizações e também com muita verba, pois o PT perdeu a eleição em 2008 porque o ex-prefeito João Avamileno teve sua administração de seis anos (dois anos foram do mandato do ex-prefeito Celso Daniel) reprovada pelo eleitorado. Na posse dos vereadores, a equipe de Grana deu uma vacilada e o resultado foi que o candidato oficial à presidência da Câmara, vereador Montorinho, não foi eleito. Quer dizer, a administração do prefeito Grana não pode falhar daqui em diante.
Em São Bernardo, todas as coisas estão a favor do prefeito Luiz Marinho (PT) por causa da facilidade com que se reelegeu no primeiro turno. Marinho obteve 261,3 mil votos contra 122,9 mil votos de seu adversário. O pleito poderia ser mais disputado se os três deputados (Dib, Morando e Alex) estivessem unidos, mas essa união não aconteceu. Assim, Marinho vai espalhando seu domínio sobre a política local também com a eleição de seu candidato a presidente da Câmara. O vereador Tião Mateus (PT), que não havia conseguido se eleger presidente do Legislativo em 2009 e 2011, finalmente, venceu com 20 votos, num total de 28 vereadores. Marinho, neste segundo mandato, joga o futuro de sua carreira política, já que pretende alçar voos mais altos. Estava com intenção de se candidatar a governador do Estado em 2014. Mas, ao que tudo indica, não seria bom para seu futuro deixar um mandato concedido pelo eleitor pela metade. Como vai manter a maioria de sua equipe, precisa tomar cuidado para que não haja acomodação de seus auxiliares, como aconteceu em Santo André, nos últimos anos do terceiro mandato consecutivo. Na região, já se tornou a grande liderança política do PT.
Em São Caetano, o prefeito eleito Paulo Pinheiro é a grande novidade nos meios políticos do ABC, depois de sua brilhante vitória na eleição municipal com 61,1 mil votos (63,3%) do montante de 96,5 mil votos válidos e mais da metade do total de votos existentes na cidade, da ordem de 111,4 mil. Durante o início do processo eleitoral, Pinheiro foi o único candidato que teve a coragem de deixar o ninho oficial do Paço da Cerâmica, onde era aliado do ex-prefeito Auricchio, para sozinho, “sem lenço e sem documento”, enfrentar todo o poderio bélico-eleitoral do Paço. Foi castigado de tudo quanto é jeito na campanha eleitoral. Não esmoreceu. No início, ninguém queria deixar as benesses e o poderio do Paço para somar com Pinheiro. Lutou e conseguiu virar o jogo. Se fizer um bom governo, que todos esperam, poderá tornar-se uma referência na política de São Caetano a nível de Braido e Tor-torello. O ex-prefeito, que deixou o Paço, não soube concretizar sua liderança política na cidade depois de oito anos de mandato e com tudo a favor. Agora, simplesmente é um ex-prefeito.

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