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Câmara independente ou não?

Publicado em Editorial
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02/02/13

Câmara independente ou não?

“Não vamos atrapalhar o prefeito” disse o novo presidente da Câmara de Santo André, Donizeti Pereira (PV), ao lado do vereador Lobo (PDT), segundo secretário, e da vereadora Elian Santa (PTdoB), primeira secretária. O presidente do Legislativo, dias atrás, recebeu os jornalistas em sua sala para uma entrevista coletiva, inovando até no nome: Café da Tarde.

Disse também que espera realizar mais reuniões com os jornalistas em outros “Café da Tarde”. Ainda com pouca presença na mídia local, o atual presidente, em suas palavras, revelou que “irá adotar uma postura independente em relação a outros poderes”, enfatizando que “a independência da democracia é baseada em três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário”. Mais adiante disse que “muitos eleitores pedem que a independência dos poderes seja mantida, espero que a nossa independência seja respeitada e mantida”. Não é fácil, em todo o País, o Legislativo ser independente relação ao Executivo. É muito difícil, pois os parlamentares, de uma modo geral, gostam de usufruir das benesses proporcionadas pelo Executivo, que tem a caneta nas mãos para contratar ou dispensar servidores públicos, contratar obras e “otras cositas mas...”.
É louvável, portanto, a intenção do novo presidente do Legislativo. No entanto, em suas respostas aos jornalistas, mostrou sua vivência e experiência no funcionamento no dia-a-dia e na eleição para presidente do Legislativo. Sem essa bagagem, Donizeti não teria condições de obter 11 votos para vencer o candidato do prefeito Carlos Grana (PT). Em sua campanha para eleger-se presidente do Legislativo, Donizeti teve participação decisiva em conseguir 11 votos da maneira seguinte: PTB, 3 votos (partido do ex-prefeito Aidan); DEM, dois votos; PTdoB, dois votos, um deles foi convidado para participar da mesa diretora; PDT, dois votos, um deles também participa da mesa diretora, PSB, um voto, e PV, com um voto do próprio Donizeti. Não foi fácil a negociação, mas quem ajudou mais foram os petistas que fizeram propostas diferentes com mais vantagens para vereadores veteranos em relação aos novatos. Um dos vereadores novatos, para amigos, confidenciou que, durante as negociações, dava para perceber que os votos do veteranos valiam “dois” e os do novatos apenas “um”. Por outro lado, é claro que é impossível manter a unidade dos 11 vereadores que elegeram Donizeti. Mas se esse “sonho impossível” fosse concretizado, o grupo do Paço iria comer pelas mãos dos vereadores que elegeram o prefeito. Pois é...

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