Renan, acusado de três crimes pelo Ministério Público, nos primeiros dias de mandato, irá se dedicar ao uso do rolo compressor no Senado para mandar arquivar os possíveis pedidos de abertura de processo contra ele, que vão pipocar no Conselho de Ética do Senado. Henrique Alves, por sua vez, obteve verba do governo federal que foi destinada a uma empresa dirigida por um assessor. Nessa ocasião, um jornalista da Folha flagrou que o lugar onde deveria funcionar a empresa estava fechado e, no portão, tinha um bode como “segurança”. Há outras denúncias contra o presidente da Câmara. O articulista da Folha de São Paulo, Ruy Castro, na edição de quarta (6), disse que “Renan Calheiros tomou posse sob avalanche de editoriais, artigos, cartuns e cartas de leitores, tocos contra, mas suas orelhas não arderam nem por um segundo. Se seus colegas não se importam de ser presididos por alguém com uma biografia tão cheia de sombras, por que se irritar com as críticas”? Por outro lado, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse o seguinte: “(Há) desvio do foco para que a instituição possa ser submetida ao achincalhe nacional e, o que é pior, nós oferecemos razões de sobra para o achincalhe”. Com se sabe, tempos atrás, Renan renunciou a presidência do Senado porque uma empresa, por ele beneficiada, pagava um salário mensal para sua amante, com a qual teve um filho fora do casamento.
Enfim, a podridão política chegou, ao mesmo tempo, à presidência dos dois principais legislativos deste País. Realmente, é um “belo” exemplo aos jovens brasileiros.