25 Apr 2024


O PT e os outros partidos

Publicado em Editorial
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16/03/13

O PT e os outros partidos

O País tem atualmente 30 partidos políticos com todo tipo de siglas, Mas, não vai parar nisso, pois a ex-candidata a presidente da República, nas eleições passadas, a ex-senadora Marina Silva, está fundando a Rede (nome escolhido) para disputar as eleições do próximo ano. No entanto, os partidos de ponta continuam os mesmos: PT, PSDB, PMDB, PSB, PTB, PPS. Hoje em dia, um bom negócio é presidir um partido político, pois recebem anualmente do governo federal verba volumosa em relação ao número de senadores, deputados federais e estaduais eleitos.

Os partidos, que têm o maior número de eleitos, chegam a receber verba superior a alguns milhões por ano. Por isso, o presidente de partidos políticos se eterniza no cargo. Para se ter uma idéia, o presidente do PSC, Vitor Nósseis, está no cargo há 28 anos; Daniel Tourinho, PTC, 24 anos; Ivan Pinheiro, PCB, 21 anos; Roberto Freire, PPS, 21 anos; Penna, PV, 14 anos; Michel Temer, PMDB (licenciado), 12 anos e PTB, Roberto Jefferson, 10 anos, etc. Agora, se uma pesquisa fosse realizada para conhecer a estrutura de um partido em cada cidade onde possui diretório, realmente, o resultado não deveria ser satisfatório para o presidente nacional da entidade. Não precisa ir longe para saber sobre a realidade dos partidos: em cada cidade, com exceção das capitais, o diretório municipal no interior depende do presidente local, que, às vezes, não tem local para instalar a sede.
Por isso, há uma diferença fundamental entre o PT e os demais partidos políticos. Nestes, os dirigentes nacionais e estaduais, na maioria das vezes, têm graduação universitária ou é empresário. No entanto, uma pergunta a um dirigente do PSDB, PMDB, PSB, PTB, PSB e PPS mostraria a realidade de cada partido: “o seu partido é dirigido politicamente em termos profissionais”? As respostas, na certa, seriam estas: “sou médico e não vivo de política”, ou então “advogado”, “engenheiro”, “economista”, “empresário”, etc. Quer dizer, como o dirigente tem outra profissão, o partido não é dirigido de forma profissional, apesar de o dirigente não mais exercer a sua profissão por causa do cargo político. O profissionalismo político não existe nesses partidos porque há mais “caciques” que “índios”.
E como o PT se posiciona em relação a isso? Ora, o PT, mesmo tendo dirigentes com graduação universitária, é o único partido político profissional deste País. Isso porque seus militantes vivem de empregos obtidos nas prefeituras administradas pelo partido. Quando perde uma prefeitura, os petistas são aproveitados em outras sob o domínio do partido. O ABC tem um exemplo recente disso. Quando o PT perdeu a Prefeitura de Santo André depois de 12 anos, maior parte dos petistas foi para a Prefeitura de São Bernardo e também para outras. Assim, com esse contingente de pessoas, o PT tem uma impecável organização para disputar uma eleição municipal: tem grupo para fazer campanha nas feiras, para elaborar estratégias a serem seguidas na campanha, para criticar os adversários; para visitar os bairros; para acompanhar o candidato a prefeito e também vereadores nos bairros; para cuidar da divulgação de cartazes nas ruas e na mídia; para acompanhar o candidato em eventos e movimentações diárias; para vender convites em jantares políticos organizados pelo partido, etc.
Com toda essa infraestrutura, o PT está sempre bem preparado quando vai disputar uma eleição. Na recente em Santo André, o atual prefeito Carlos Grana, meses antes da campanha, era um político desconhecido na cidade. Foi eleito deputado estadual com mais de 126,9 mil votos em 2010, obtendo em Santo André 25,1 mil votos. Em 2012, venceu a eleição em Santo André, no segundo turno, com 204,5 mil votos. É isso aí.

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