No Estado de São Paulo, 64% das cidades já enfrentam problemas com abastecimento. Para evitar o uso de caminhões-pipa ou racionamento, a ANA havia feito uma previsão para investimento de R$ 22,5 bilhões até 2015 e R$ 70 bilhões até 2025 para investir em obras em 3.027 municípios, sendo R$ 47,8 bilhões para a coleta e o tratamento de esgotos, com a finalidade de despoluir os rios e proteger mananciais. Sobre o assunto, tempos atrás, a mídia havia revelado que “estimativas independentes davam conta de que seriam necessários investimentos de R$ 100 bilhões em dez anos para garantir o fornecimento de água de boa qualidade a todos que residem neste País. Com o aumento da população urbana, estimada em 85% do total de habitantes, o problema tornou-se mais premente, especialmente no Sudeste e no Nordeste, onde se concentra a maior parte da população”.
São Paulo, por sua vez, sofre com ocupação desordenada sobre as áreas de mananciais, como aconteceu com a represa Billings, em São Bernardo. As novas casas que surgiram no entorno da represa enviam o esgoto para a represa. Também é enorme o volume de lançamentos de esgotos nos rios que cortam a região metropolitana e a grande quantidade de efluentes industriais e de detritos. A Sabesp, por sua vez, no Programa de Uso Racional de Água, em parceria com a USP, havia constatado, dois anos atrás, que 45% da água ofertada pelo sistema público é desperdiçada.
Para cuidar da água, alguns estados brasileiros criaram grupos de voluntários com objetivo de tornar cada pessoa um Pesquisador de Boas Práticas de Meio Ambiente, em 2011. Isso contribuiu na divulgação de atitudes para melhorar a utilização da água da maneira seguinte:1) não jogar lixo nos rios e lagos; 2) economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças, etc.); 3) reutilizar a água em diversas situações e 4) respeitar as regiões de mananciais. Não é fácil, vamos torcer para que um dia possamos utilizar água de maneira adequada. Será que iremos conseguir?