19 Apr 2024


O brasileiro está indo às ruas protestar

Publicado em Editorial
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22/06/13
O brasileiro está indo às ruas protestar

As manifestações iniciais de protestos tomaram conta das principais ruas das capitais de alguns estados, depois que o protesto começou em São Paulo em 6 de junho. Eram os estudantes que pediam o reajuste das tarifas de ônibus. Nessas manifestações, a polícia entrou em confronto com os manifestantes com os guardas usando balas de borracha para dispersar os estudantes, feriu inúmeros participantes e também alguns jornalistas que faziam a cobertura. O movimento continuou como protesto contra ao aumento da passagem de ônibus.

Depois de uma semana, as manifestações eram contra Dilma, Alckmin, Haddad, Cabral, Sarney, Feliciano, partidos políticos, saúde, cotas, inflação, Fifa, Copa do Mundo e, evidentemente, transporte coletivo. Uma nova onda de protestos, superior às manifestações anteriores, tomou conta das ruas principais de 12 estados na segunda (17). A mídia conseguiu detectar que “uma das principais características das marchas foram demonstrações de insatisfação e rejeição da política institucional”. Em Brasília, os participantes ocuparam o teto do Congresso e depois tentaram invadir o local, com palavras de ordem contra Renan Calheiros e Feliciano. No Rio, houve confronto entre policiais e manifestantes na Assembléia Legislativa. Em Porto Alegre, uma das exigências foi a transparência dos negócios públicos. E mais protestos aconteceram em Belo Horizonte, Belém, Curitiba, Fortaleza, Maceió, Vitória, Salvador e Recife.
No vídeo do Facebook, o Estadão, na edição de terça (18), publicou a seguinte opinião de um internauta: “se tudo estivesse funcionando, ninguém estaria na rua protestando. O aumento da passagem foi só a gota d´água pra paciência acabar”. Sobre as manifestações, o jornalista Fernando Rodrigues, analisando o ocorrido, na edição da Folha de São Paulo, terça (18), disse o seguinte: “os milhares de manifestantes que marcharam na segunda (17) nas ruas das grandes metrópoles estão divorciados dos grandes partidos políticos. Nenhuma legenda conseguiu ainda capitalizar a seu favor os protestos. Por essa razão, torna-se imprevisível o desfecho do movimento. Pode resultar em alguma mudança ou dar em nada”. No Estadão de terça (18), três professores da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) analisaram as manifestações e disseram, num trecho, o seguinte: “em um mundo em que a tecnologia permite conexões espontâneas e rápidas, onde a notícia navega em altíssima velocidade, onde as opiniões são facilmente disseminadas, o Movimento Passe Livre nos mostra que precisamos, urgentemente, pensar em formas alternativas de permitir a manifestação dos cidadãos sobre políticas públicas. Criar novos campos participativos é fundamental para reduzir a distância entre os governos e as demandas sociais”.
Percebe-se, assim, que essa manifestação pode provocar uma grande mudança na área pública e também na política do País.

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