25 Apr 2024


Os incentivos aos criminosos

Publicado em Editorial
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20/07/13
Os incentivos aos criminosos

A onda de assaltos, assassinatos, arrastões em restaurantes paulistanos, menores matando pessoas a três por dois, políticos que, em cargos públicos, conseguem enriquecer em dois ou três anos, enfim, estamos sendo obrigados a aceitar essa triste realidade brasileira. Mas, pergunta se faz necessária: até quando seremos obrigados a aceitar isso? Tempos atrás, a polícia estava nas ruas. Agora, não se vê mais policiais pelas ruas. Isso, evidentemente, facilita os bandidos, que têm o trânsito livre para entrar num restaurante de ponta em São Paulo e, em menos de três minutos, saem com o dinheiro dos que lá estavam, com as bolsas das mulheres, celulares, etc.

Mais de 60 arrastões aconteceram nos restaurantes da capital e a grande maioria dos bandidos continua aumentando as estatísticas de assaltados a cada noite. Com isso acontecendo, duas notícias publicadas na Folha de São Paulo, em dias consecutivos, deixam cada pessoa mais desanimada no dia a dia.
Na segunda (15), na capa do caderno Cotidiano tinha a seguinte manchete: “50,1 mil presos não voltam de saída temporária em 10 anos”. Os dados são oficiais, pois foram feitos pelo SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) entre 2003 e 2012. Os presos, em datas comemorativas, podem sair do presídio por bom comportamento e são obrigados a voltar. No ano passado, 5,5% dos beneficiados não retornaram ao presídio e ficaram pelas ruas cometendo crimes. A matéria diz que “o total de 50.108 presos equivale a quase metade de toda população carcerária de Minas e preencheria 65 unidades prisionais do Estado de São Paulo, que tem 156. O índice, dos que não voltam, oscilou muito durante 10 anos. Em 2003, era de 7,5% e em 2012, de 5,5%. A saída temporária é um direito previsto em lei e depende de autorização judicial”.
Na edição de terça (16), a manchete da primeira página foi a seguinte: “Policiais de São Paulo são presos acusados de ajudar traficantes”. A matéria revela que “dois delegados e cinco investigadores da Polícia Civil estão entre os suspeitos de vender informações para traficantes ligados à facção criminosa PCC. Outros seis policiais são considerados foragidos. O grupo é suspeito de formação de quadrilha, corrupção, extorsão, sequestro, tortura e roubo. Os investigados recebiam R$ 660 mil por ano para informar criminosos sobre operações”.
E aí, como nós ficamos? A grosso modo pode-se dizer que as autoridades “ajudam” a aumentar as estatísticas de crimes porque liberam presos, em datas comemorativas, dos quais 5,5% não voltam e cometem crimes. Por outro lado, percebe-se, assim, que parte da polícia está mais do lado da bandidagem para aumentar a receita financeira do final do mês do que em proteger os cidadãos. É demais, não?
Afinal, as ruas vão continuar ou não com os protestos?

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