A internet está aí ao alcance de qualquer pessoa para incentivar e convidar as demais a irem às ruas e mostrarem aos políticos que estão acompanhando os trabalhos em Brasília e nos estados. Quer dizer, a facilidade de comunicação entre as pessoas vai se transformar numa arma constante contra os corruptos, governantes, deputados, prefeitos, que não cuidam dos hospitais e nem da educação, etc. É um novo Brasil que está surgindo por meio da internet. No entanto, paralelamente aos manifestantes do bem, há a turma do vandalismo, denominada de Black Blocks, que se intitulam anarquistas. Essa turma da pesada “pegou no pé” do governador do Rio, com o “Fora Cabral”, e estão, ao que tudo indica, há mais de um mês acampados em frente ao apartamento dele. Em São Paulo, também andaram quebrando a fachada de vários bancos na Avenida Paulista, na semana que passou.

Mas, já dá para saber o estrago que esses movimentos, sem vandalismo, provocaram: a presidente Dilma já realizou inúmeras reuniões com todos os setores e ainda não definiu que tipo de ação vai usar para evitar que seus percentuais nas pesquisas continuem caindo. O “STF (Supremo Tribunal Federal) vai retomar mensalão em agosto com um olho nos autos e outro nas ruas”, foi manchete da página 4 do Estadão, na terça (30), revelando que as autoridades sentiram na pele a revolta dos brasileiros. O protesto nas ruas é a única arma que resta aos brasileiros que sofrem com os planos de saúde que dificultam os atendimentos nos hospitais, que precisam ser adequados ao “padrão Fifa” e também a péssima qualidade de ensino. A Folha, na terça (30), publicou a seguinte manchete: “Cidades avançam no IDH (Índica de Desenvolvimento Humano), mas educação é o ponto fraco”.
Enfim, as manifestações de rua começam a mudar a cara deste País.