19 Apr 2024


Minas não quer a ditadura de marqueteiro

Publicado em Editorial
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18/01/14

Minas não quer a ditadura de marqueteiro

Nas últimas décadas, nas eleições para cargos político-eleitorais, os marqueteiros foram os “todos poderosos”, para não dizer ditadores, nas campanhas de candidatos a prefeito, governador, senador e presidente da República. Todo material dirigido à mídia (jornal, rádio, televisão, debates políticos, entrevistas, campanhas de rua, etc) tem que ter o dedo do “ditador”, perdão, do marqueteiro de plantão. A atuação deles chega ao auge por ocasião dos debates políticos entre candidatos pela televisão.

No intervalo para publicidade, os marqueteiros correm para conversar com seus candidatos no sentido de orientá-los, primeiro em relação ao comportamento diante das câmeras e também sobre os assuntos a serem abordados nas perguntas dirigidas aos adversários. Contudo, também orienta que tipo de roupa deve ser utilizado em frente às câmeras das TVs. Outro exemplo a nível nacional é proporcionado pela atual presidenta Dilma Rousseff, que tem à disposição diuturnamente o marqueteiro João Santana, que também assessorou o ex-presidente Lula. Ele orienta a criação dos programas federais que financiam a compra de casas, móveis e eletrodomésticos para as classes sociais com poder aquisitivo limitado. Também nas pesquisas eleitorais realizadas para a próxima eleição a presidente da República. Na época das manifestações de rua, a presidenta Dilma teve uma queda acentuada nas pesquisas eleitorais realizadas nesse período. Por sua vez, Santana, para a mídia, revelou que dentro de alguns meses, a presidenta Dilma poderia recuperar boa parte dos percentuais perdidos. Foi o que aconteceu. Ainda estamos vivendo a era dos marqueteiros
Porém, alguma mudança na atuação dos marqueteiros está no ar. Em Minas Gerais, a jornalista Andréa Neves, irmã de Aécio Neves, candidato a presidente da República, que atuou nas campanhas dele há 20anos, insurgiu contra o marqueteiro de plantão de seu irmão. Por isso, estava afastada até agora da pré-campanha eleitoral por causa da ditadura imposta pelo marqueteiro contratado. Agora, não está mais. Uma matéria publicada na Folha de São Paulo, sexta (10), disse que “a jornalista Andrea antecipou a saída da presidência do Servas (Serviço Voluntário de Assistência Social), onde estava desde 2003, para entrar na campanha do irmão”. A justificativa para isso foi a seguinte: “nós achamos que há um esgotamento desse modelo centrado num único marqueteiro. Andrea vai ter uma participação essencial nesse sentido de uma coordenação colegiada”, disse o deputado Marcus Pestana, presidente do diretório estadual do PSDB de Minas. Será que a ditadura do marqueteiro será transformada em coordenação colegiada?

 

Última modificação em Segunda, 20 Janeiro 2014 09:52
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