19 Apr 2024

Publicado em José Renato Nalini
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As crianças e jovens brasileiros são injustiçados pela escola. Esta, ainda presa em paradigmas superados, acredita cumprir sua missão quando os adestra para fazerem o mesmo. Investe-se na memorização, na transmissão de um conhecimento que nunca foi tão disponível e tão acessível. Ainda se trabalha com a falácia de que alguém detém a sabedoria e a transferirá a uma lousa vazia, sem qualquer indício de informação.
Enquanto isso, o mundo está imerso na 4ª Revolução Industrial e precisa de outro tipo de pessoas. Aquelas capazes de soltar a imaginação e de resolver problemas aparentemente insolúveis. Há tanta coisa a ser facilitada na vida conturbada que o contemporâneo reservou para a humanidade. Verdade que estamos também submetidos ao mercado e que ele nos impõe hábitos, notadamente os de consumo.
Muitas gigantes do mundo empresarial já perceberam que as novas gerações são mais atentas àquilo que as velhas relegaram e negligenciaram. Os jovens querem alimento saudável. Assim é que a Coca-Cola passou a investir em sucos naturais e água de coco. A Unilever passou a oferecer snacks saudáveis. Mas isso é pouco. E não inibe a ousadia dos empreendedores das pequenas startups, que já nascem conectadas com essas demandas emergentes e conseguem vencer porque falam outra língua.
Há muitos exemplos de iniciativas que perseguem as novas tendências. A LivUp entrega refeições congeladas como hambúrguer de salmão e frango com crosta de castanha de caju, além de sopas e sobremesas. A BeGreen criou uma horta urbana em um shopping de Belo Horizonte. As fazendas urbanas constituem um nicho que precisa ser mais explorado. Afinal, as pessoas querem produtos frescos e a greve dos caminhoneiros mostrou a vulnerabilidade de nosso sistema de transporte para longas distâncias. Nada como produzir perto do consumidor.
Outra opção é desenvolvida pela Hisnëk, um clube de assinatura de snacks saudáveis, como chips de tapioca e palitos de queijo meia-cura. A startup catarinense Ocean-Drop foi fundada por cinco oceanógrafos para usar algas em tratamento de água em rejeitos de suínos. Passou a produzir superalimentos, alimentos com alto teor de nutrientes, a partir dos seres que vivem no mar. São a spirulina, astaxantina ou chiorella, que vêm em cápsulas contidas em latas que duram dois meses. É uma forma de reconectar as pessoas com os oceanos, que precisam de mais carinho, pois têm sido a maior “lata de lixo” do planeta.
Essas startups são estimuladas por aceleradoras, como a Jasmine Open Table, criada pela produtora paranaense de alimentos orgânicos Jasmine. Foi criada em 2017 e selecionou dez startups, com soluções desde embalagens mais eficientes à produção de bebidas sem conservantes ou açúcar.
Esse o cenário do porvir, que deve ser mostrado às crianças e jovens, que terão de sobreviver sem as profissões tradicionais, condenadas à extinção nas próximas décadas. O mundo quer ousadia, audácia, criatividade. Quem não tiver medo vencerá.

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