20 Apr 2024

Publicado em José Renato Nalini
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Se existe algo que se afigura aos mais sensíveis como de evidente retrocesso no atual momento brasileiro, esse algo é a proteção ambiental. A natureza continua a ser maltratada em todos os lugares e por todos, de maneira indistinta. Aparentemente, a circunstância de existir vida humana sobre o planeta já o sacrifica. Mas a intervenção natural é agravada por uma nítida inclemência. Ela se manifesta sob nossos olhos insensatos.
O fenômeno de maior evidência é a crescente produção de resíduos sólidos inassimiláveis pela natureza. A civilização plástica produziu material inconsumível que compromete a qualidade de vida e tende a perdurar até um milênio. Muitas gerações separam o infrator ecológico do desaparecimento da matéria com que envenenou o mundo.
Investir em educação é providência que produziria milagres se fosse levada a sério. Mas não é. Vê-se pessoas de todas as idades e de todas as escolaridades a arremessar aquilo que não interessa mais nos logradouros, na via pública e, lamentavelmente, na água.
Ninguém pergunta o quanto o governo gasta com varrição, coleta de lixo e com os insuportáveis “lixões”, alguns deles apelidados “aterros sanitários”.
Árvores são dizimadas sem piedade. Não se replanta. Maltratam-se as sobreviventes. Não se mostra indignação pelo desmatamento na Amazônia, mas também sob nossos olhos. O verde desaparece, substituído pelo cinza da fuligem, da poluição assassina. Que rouba milhares de vidas úteis a cada ano.
Quem é que se revoltou com a autorização para ingresso no Brasil de centenas de agrotóxicos superados, proibidos nos países desenvolvidos por seu comprovado malefício e por causarem desde câncer à esterilidade?
Ouviu-se algum reclamo contundente quando se noticiou que o Brasil não firmou acordo para cuidar melhor de seu lixo, o que significa abrir os portos e os milhares de quilômetros de costa terrestre para o despejo de tudo aquilo que os civilizados não querem, mas nós aceitamos?
Para os que ainda têm esperança, resta invocar o lema ambientalista um pouco esquecido: “pensar globalmente, agir localmente”. Há muito a ser feito, se o ser humano resolver assumir sua responsabilidade. Talvez seja pouco, mas o preço de uma consciência tranquila é incalculável.

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