19 Apr 2024


Santa Dulce dos Pobres – 13/10/2019

Publicado em Luiz José M. Salata
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A Santa Missa seguida da solenidade, celebração e proclamação da Canonização da Beata Irmã Dulce, o Anjo Bom da Bahia, prevista para amanhã, domingo, dia 13 de outubro, às 9h, horário local em Roma, na área externa da Basílica de São Pedro, ensejará a figura da Santa Dulce dos Pobres como a primeira Santa genuinamente nata brasileira. Nessa realização, com Irmã Dulce, o Brasil alcança 37 santos, 51 beatos, 15 veneráveis e 68 servos de Deus, que nasceram ou atuaram no país. Até o fim do século passado a lista era pequena, mas a partir do ano 2000, os tempos foram pródigos em reconhecimentos pela Igreja Católica daqueles que tiveram história para o alcance nas causas da santidade. Dentre eles, está prevista pela Congregação para as Causas dos Santos do Vaticano, a beatificação da figura do Padre Donizetti Tavares de Lima, que atuou em Tambaú – SP, a maior parte de sua vida religiosa com anotações de ocorrências de milagres e que resultaram na abertura de tal procedimento. Nasceu Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, aos 26 de maio de 1914, em Salvador – BA, filha de Dulce Maria de Sousa Brito e do Dr. Augusto Lopes Pontes, dentista e Professor da Universidade Federal da Bahia. Desde os treze anos de idade, tinha o costume de visitar  áreas carentes, acompanhada de uma tia, manifestou o desejo de se dedicar à vida religiosa, pois tinha predileção em ajudar os mendigos, enfermos e desvalidos. Pretendeu ingressar no Convento de Santa Clara do Desterro, em Salvador, mas não foi aceita por ser muito jovem. Nessa época, ganhou notoriedade pois ficou muito conhecida em Salvador, por suas obras de caridade e de assistência aos pobres e necessitados, já lotando a casa de seus pais acolhendo doentes. Criou e ajudou a criar  várias instituições filantrópicas. Com o consentimento dos pais, foi transformando a casa da família num centro de atendimento às pessoas necessitadas, ficando conhecida como “a portaria de São Francisco”, tal o número de carentes que se aglomeravam à sua porta. No ano de 1933, a jovem professora Maria Rita, ao se formar professora primária, ingressou na Congregação  das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Em 13 de agosto de 1933, após seis meses de noviciado, fez sua profissão de fé e votos perpétuos, tomando o hábito de freira  e recebendo o nome de Irmã Dulce, em homenagem a sua mãe, aos dezenove anos de idade. Em seguida, voltou a Salvador, tendo como primeira missão religiosa o ensino em um colégio mantido pela sua congregação, na Cidade Baixa, além de assistir as comunidades pobres da região. Em 1936, com vinte e dois anos, fundou com o Frei Hildebrando Kruthanp e outros religiosos a União Operária São Francisco, primeiro movimento cristão operário da Bahia, mantido com a arrecadação de três cinemas que ambos haviam construído através de doações, tendo como finalidade a difusão das cooperativas, a promoção cultural e social dos operários e a defesa dos seus direitos. Em maio de 1939, Irmã Dulce inaugurou o Colégio Santo Antonio, voltado para os operários e seus filhos. Procurava locais para abrigar doentes que recolhia nas ruas, peregrinando por muito tempo para a instalação de locais próprios, quando converteu o galinheiro do Convento Santo Antonio em albergue, centro de complexo médico, social e educacional de atendimento aos pobres. Apesar da saúde frágil, conseguiu construir e manteve uma das maiores realizações, as Obras Sociais Irmã Dulce. Em 1980, durante a primeira visita do Papa João Paulo II ao Brasil, foi convidada a subir ao altar para receber a bênção especial, quando o Papa retirando do bolso um rosário e ofereceu a ela dizendo: “Continue, Irmã Dulce, continue”. Em 20 de outubro de 1991, o Papa em sua segunda visita ao país, esteve no Convento Santo Antonio visitando Irmã Dulce, concedendo a bênção e extrema unção. Faleceu em 13 de março de 1992, em seu leito, de causas naturais, aos setenta e sete anos, sepultada no alto do Santo Cristo, na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia e depois para a Capela do Hospital Santo Antonio, centro das Obras Sociais Irmã Dulce. Em 2000, foi distinguida pelo Papa João Paulo II com o titulo de Serva de Deus. Iniciado o seu processo de beatificação, em 21 de janeiro de 2009, foi concluída em 22 de maio de 2011, chamada como “Bem Aventurada Dulce dos Pobres”, após reconhecimento do primeiro milagre e, após o segundo quando poderia ser canonizada, recebendo o nome de Santa Dulce dos Pobres. “Miséria é a falta de amor entre os homens – Santa Dulce dos Pobres”.

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