O dia oito de março representa o respeito e admiração a todas as mulheres simbolizando a homenagem a todas as mulheres, jovens ou idosas, de todas as raças, cor, religião e classe social no Dia Internacional da Mulher. A origem da data remonta no ano de 1857, nos Estados Unidos, quando ocorreu um incêndio numa fábrica têxtil e uma centena de mulheres estavam em greve e lá permaneceram trancadas, após protestarem contra a jornada de trabalho de dezesseis horas e, por melhores salários e condições laborativas. Do acidente, resultou a morte de cento e vinte e nove operárias, cuja tragédia deu início ao fortalecimento das primeiras articulações para a instituição dessa significativa data. O movimento prosperou com a realização da Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, em 1910, na cidade de Copenhague, na Dinamarca, quando as militantes apresentaram uma resolução com a proposta de se instituir uma data comemorativa ao dia delas. O movimento evoluiu no mundo todo, durante e após a Primeira Guerra Mundial quando ocorreu a incorporação da mão de obra maciçamente feminina nas indústrias, quando os protestos se tornaram frequentes na busca dos direitos inerentes às condições de trabalho e vida pessoal. Entretanto, no Ocidente os movimentos feministas foram paralisados por certo tempo, somente retornando anos depois, porém perdendo o rumo e sentido originais ao adquirir caráter mais festivo e com ênfase comercial nas comemorações. No Brasil, o movimento feminista clamava pela aspiração maior das mulheres, qual seja a busca e conquista do voto nas eleições. No ano de 1928, o voto feminino não era previsto na Constituição, mas na cidade de Mossoró – RN, o Governador Juvenal Lamartine autorizou, em decisão pioneira, e ao arrepio de legislação federal a inscrição de sua mulher, como eleitora, e outras se seguiram. Porém, dentre tantos movimentos nacionais das mulheres na busca do direito ao voto, em 24 de fevereiro de l932, através do Decreto nº 21.076, o Governo de Getúlio Vargas promulgou o novo Código Eleitoral garantindo assim o voto feminino para as brasileiras. O Poeta Carlos Drumond de Andrade impressionado com a conquista das mulheres, dedicou a elas o poema “Mulher Eleitora”. O alcance do voto serviu de suporte e escudo para novos rumos femininos na vida nacional, ainda mais pelo fato de serem votadas. Nos dias atuais solteiras, conviventes, esposas e mães com nível pessoal mais desenvolto e gradativamente com intelectualidade desenvolvida, proporcionam uma vida familiar atualizada nos moldes de um mundo avançado em todos os aspectos. Entretanto, aquelas que não puderam alcançar, por qualquer motivo, uma posição mais adequada a esses níveis, também batalham dentro dos seus limites assumindo e realizando as suas missões dentro de suas possibilidades.  Não se pode olvidar, merecendo toda ênfase e destaque as figuras marcantes nascidas em 08 de março, de Hebe Camargo, a Rainha da Televisão Brasileira e que se envaidecia dessa data comemorativa, foi uma das grandes batalhadoras na defesa dos direitos das mulheres, atuando e valendo-se muitíssimo bem do espaço proporcionado pela televisão, durante as décadas que representou e defendeu as mulheres com o título de “Rainha da Televisão Brasileira”, e de Ignez Magdalena Aranha de Lima, a saudosa Inezita Barroso, a “Rainha da Música Caipira e Sertanejo Raiz”, instrumentista, cantora, compositora, apresentadora atriz, pesquisadora do folclore brasileiro, Cidadã Olimpiense, da cidade Capital Nacional do Folclore, idealizadora do Programa Viola Minha Viola, completou 90 anos em 04 de março de 2015, faleceu dias depois em 08 de março.  Na data festiva, fica aqui a nossa reverência a todas as mulheres brasileiras, mas que, na realidade o “Dia da Mulher” é todo dia, ao lado da família e dos seus semelhantes, na grande maioria dos casos em dupla jornada, mas sempre dispostas a toda obra. Os fervorosos cumprimentos a elas por tudo que realizam para nós, desde mães, avós, irmãs, esposas, filhas e netas.