25 Apr 2024


A Bênção Urbi et Orbi do Papa na presença da Imagem de Cristo Milagroso

Publicado em Luiz José M. Salata
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O Papa Francisco concedeu ao mundo a Bênção Urbi et Orbi no átrio da Basílica de São Pedro, em Roma, diante do Crucifixo Milagroso de Jesus Cristo e da imagem de Nossa Senhora Sallus Populi Romani (Protetora do povo romano), na sexta (27), às 14h, horário de Brasília, rezando pelo fim da pandemia do coronavírus. A iniciativa do Sumo Pontífice decorreu de sua inusitada visita, a pé, na famosa Via del Corso, conhecida por ser uma das melhores ruas de comércio em Roma, mas também onde se encontra edificada a Igreja de San Marcello al Corso, que abriga o Crucifixo Milagroso de Jesus Cristo, desde o século V. Relembrando, trata-se de uma igreja muito antiga, do século IV, fundada pelo Papa Marcelo I, que foi perseguido e condenado a realizar trabalhos pesados, e lá onde estão os seus restos mortais. Na noite do dia 22 para o dia 23 de maio de 1519, a igreja sofreu um violento incêndio e ficou completamente destruída, sendo que, as pessoas que foram lá verificar constataram que o crucifixo do altar principal ficou providencialmente intacto e iluminado por uma lamparina, a qual embora atingida pelas chamas, ainda ardia aos seus pés. A imagem de Jesus Cristo detém a metragem de um homem de média estatura. Os fiéis que lá estavam afirmaram que se tratava de um milagre e os mais devotos começaram a se reunir todas as sextas-feiras para rezar e acender velas aos pés da imagem de madeira, nascendo assim a Archicofradia del Santíssimo Sacramento en Urbe, que existe até hoje. No ano de 1522, uma terrível peste atingiu violentamente da cidade de Roma, causando desespero na população. Os Servos de Maria decidiram então levar o Crucifixo de Jesus Cristo em procissão penitencial da Igreja de San Marcello al Corso até a Basílica de São Pedro, sob forte aclamação popular, em que pese o impedimento das autoridades. A procissão durou 16 dias e percorreu praticamente todos os bairros de Roma e, no retorno à igreja a peste tinha cessado por completo e os devotos receberam tal fato como um verdadeiro milagre. Relembrando desse fato, pois devoto de San Marcello, o Papa Francisco no dia 16 de março último, saiu do Vaticano sozinho e de forma privada, dirigiu-se à Igreja de Santa Maria Maior, para rezar à Virgem Salus Populi Romani e, em seguida como peregrinação, a pé pela Via del Corso, foi na Igreja de San Marcello, com a via vazia pela decretação do isolamento em Roma, pela ocorrência da pandemia. Apenas acompanhado pelos seguranças, no altar dian-te do Crucifixo Milagroso que salvou Roma da peste negra nos idos de 1522, rezou para pedir pela saúde do mundo e invocou o fim da pandemia que assola a Itália e vários países, implorando cura para os muitos doentes e o encontro de consolo para os familiares. A oração também foi dirigida para proteção aos agentes de saúde, médicos, enfermeiros e a quantos todos nestes dias com seus trabalhos garantem o funcionamento dos órgãos públicos e privados. Ao sair de lá, determinou a remoção provisória do Crucifixo Milagroso para o átrio da Basílica de São Pedro visando cumprir o seu intento de conceder Bênção Extraordinária Urbi et Orbi, sem a presença de fiéis com a Piazza di San Pietro deserta, mas com ampla divulgação pelas vias digitais e televisivas para o mundo todo. Com isso, quebrou um protocolo importante pois tal se realiza somente no Natal, na Páscoa e para anunciar um novo Papa. Conclamou assim todos os católicos do mundo para a oração planejada para a data aprazada de ontem. A solenidade foi iniciada no átrio pontualmente às 18h, horário de Roma, com a leitura da Palavra de Deus por um Ministro da Igreja, seguida de ato de meditação pelo Papa Francisco, leitura da Homilia, a sua Súplica, dirigiu-se para dentro da Basílica onde na entrada à direita se instalou o quadro de Nossa Senhora Sallus Popoli Romani, rezando aos seus pés. Do lado esquerdo da entrada foi instalado o Crucifixo Milagroso de Jesus Cristo, e o Papa Francisco rezou aos seus pés e beijou-os. Ingressando na Basílica foi instalado um altar com o Santíssimo Sacramento e após as proclamações, abençoou dirigindo-se em direção à Piazza di San Pietro, com os repiques dos sinos e soar das sirenes, com a invocação para todos se unirem espiritualmente através da Bênção Eucarística Urbi et Orbi, e por esta o recebimento de indulgências plenárias, ou seja, o perdão de todos os pecados. O crucifixo tem gravado na parte de trás os nomes dos Papas que participaram das procissões que são realizadas no período de 50 anos, e também nos Anos Santos. O último nome gravado é o do São Papa João Paulo II. Que a pandemia de coronavírus se dissipe.

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